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Título: Violência contra adolescentes no Brasil
Autor(es): Costa, Gustavo Silva
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Dias, Orlene Veloso
Membro(s) Banca: Veloso, Rosângela Ramos
Pires, Cássia Pérola dos Anjos Braga
Rocha, Josiane Santos Brant
Lima, Cássio de Almeida
Palavras-chave: Violência contra adolescentes - Brasil;Adolescentes - Maus-tratos;Violência de gênero;Violência - Brasil
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 16-Mai-2024
Resumo: A violência é um grave problema de saúde pública, que acontece de maneira recorrente entre indivíduos de todas as faixas etárias. Entretanto, os adolescentes (10 a 19 anos) constituem o grande contingente de vulnerabilidade e protagonismo aos diversos tipos de violência, especialmente por se encontrarem em um processo complexo de formação biopsicossocial. Este estudo tem como objetivo analisar diferenças entre violência contra meninos e meninas adolescentes no Brasil. Trata-se de pesquisa transversal analítica, com dados de violência interpessoal e autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, de 2019, no Brasil. Foi realizada análise descritiva e de regressão de Poisson, para estimar a Razão de Prevalência com nível de significância 5%. A variável dependente ‘sexo da vítima’ foi analisada com tipos de violência, vínculos com agressores e agentes da agressão. O estudo identificou 103.728 notificações de violência contra adolescentes. A maioria do sexo feminino (72,1%), entre 15 a 19 anos (61,6%) e com agressores do sexo masculino (51,4%), sem suspeita de uso de álcool (79,6%) e perpetrada por adolescentes (59,9%). Entre as vítimas meninas, a violência física apresentou menor prevalência (RP=0,973); assim como trabalho infantil (RP=0,816) e negligência/abandono (RP= 0,941), p<0,05. Contudo, as meninas apresentaram maior prevalência para violência psicológica (RP=1,083), violência sexual (RP= 1,292) e violência autoprovocada (RP=1,168), p<0,05. Agressores adolescentes, mães e madrastas apresentaram menor prevalência de violência contra meninas, que apresentaram mais notificação de violência perpetrada por cônjuges (RP=1,422), namorados (RP=1,499), entre outros tais como pais/padrastos e ex-companheiros (p<0,05). Ressaltam-se envenenamento/intoxicação (RP=1,086) e ameaça (RP=1,131) como agentes de violência contra meninas; e força corporal/espancamento, uso de objetos e de arma de fogo na violência contra os meninos (p < 0,05). Constata-se neste estudo, a existência de diferenças entre meninos e meninas quanto ao tipo de violência, agressores e agentes de agressão. Para as meninas, destacam-se a violência sexual, agressores paternos e (ex)companheiros, e violência por ameaça. Entre meninos, destacam-se violência física, agressoras com vínculo maternal e uso de força/objetos/arma de fogo. Espera-se que os resultados apresentados possam contribuir com programas de prevenção e controle da violência contra adolescentes no Brasil, considerando as particularidades entre vítimas meninas e meninos. Por conseguinte, além dos produtos científicos, destaca-se que foram confeccionados produtos técnicos relevantes para aplicação do conhecimento produzido, tais como palestras, cursos de qualificação e Quiz, com o objetivo de alcançar a melhoria na oferta dos cuidados primários em saúde.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1854
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