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Título: Coorte nascer prematuro: near miss neonatal e hipotermia em unidades de terapia intensiva
Autor(es): Vieira, Verônica Cheles
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Medeiros, Danielle Souto de
Membro(s) Banca: Silva, Carla Silvana de Oliveira e
Louzado, José Andrade
Bezerra, Vanessa Moraes
Lima, Raquel Cristina Gomes
Haikal, Desirée Sant´Ana
Martins, Tatiana Carvalho Reis
Palavras-chave: Prematuros;Recém-nascidos - Cuidados médicos;Hipertensão na gravidez;Hipotermia;Near miss em saúde;Assistência perinatal;Unidade de terapia intensiva neonatal
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 14-Dez-2023
Resumo: A prematuridade representa grave problema de saúde pública, pois corresponde à maior causa de morte de recém-nascidos e a segunda principal causa de todas as mortes infantis no mundo. Consideram-se todos os recém-nascidos como vulneráveis, todavia, os que nascem prematuramente apresentam maior fragilidade por demandarem cuidados especiais para permanecerem vivos. Além disso, os prematuros sobreviventes representam um grupo que necessita de maior assistência quando estes apresentam indicadores de gravidade. Nesse contexto, foram conduzidos dois estudos utilizando-se dados da coorte “Nascer Prematuro” com análise de 400 prontuários de neonatos prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) em Vitória da Conquista – Bahia, no período de dois anos (2016 a 2017). Estudo 1: Neste estudo objetivou-se avaliar as síndromes hipertensivas na gestação (SHG) como determinantes da hipotermia nos prematuros internados em unidades de terapia intensiva neonatais. Foi considerado com hipotermia o prematuro com temperatura de admissão menor ou igual a 36,4 °C, sendo categorizado como hipotermia leve (temperatura entre 36,0–36,4°C) e moderada (entre 32,0–35,9°C). Avaliou-se a associação entre a SHG e hipotermia por meio de regressão logística multinomial. Nos 313 prontuários verificados, observou-se hipotermia de admissão em 62,0%, sendo 35,5% hipotermia moderada e 26,5% leve. As síndromes hipertensivas gestacionais foram identificadas em 35,5% das mães. As SHG mostraram aumentar a chance de ocorrência de hipotermia moderada (OR: 1,97; IC95%: 1,14-3,39). Prematuros com peso ao nascer menor que 1.500g (OR 2,61; IC95%1,53-4,44), com idade gestacional menor que 32 semanas (OR 2,08; IC95% 1,23-3,52) e que necessitaram de manobras de reanimação ao nascimento (OR 1,93; IC95% 1,14-3,28) também estiveram mais expostos à hipotermia moderada. A hipotermia leve não apresentou associação com as SHG. Estudo 2: Teve o objetivo de verificar a incidência de near miss neonatal precoce e também os cuidados e complicações ocorridas em prematuros internados em unidades de terapia intensiva neonatal. O desfecho principal foi a ocorrência de near miss neonatal precoce, definido pelo prematuro que apresentou ao menos 1 critério de gravidade: idade gestacional menor que 33 semanas, peso de nascimento abaixo de 1750 g e índice de Apgar < 7 no quinto minuto de vida. As variáveis relacionadas ao cuidado foram manobras de reanimação, uso de CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) e de oxigênio inalatório. Também foram verificados os desfechos sepse neonatal precoce e óbitos. As variáveis foram descritas por meio de frequências absoluta e relativa. Realizou-se análise bivariada, através dos testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher para verificar associações entre desfecho e variáveis. Foram identificados 234 casos de near miss neonatal precoce e 31 óbitos neonatais precoces. Dentre os casos de near miss neonatal precoce, a maioria (52,6%) apresentou dois critérios de gravidade. Os critérios de gravidade apresentaram associação significativa (p<0,05) com casos de near miss neonatal precoce e também com os óbitos neonatais precoces. Os prematuros com near miss neonatal precoce tiveram maior necessidade de reanimação (50,8%), e de oxigênio inalatório (18,1%) quando comparados aqueles sem gravidade. Eles também apresentaram maiores frequências de sepse neonatal precoce (70,1%), óbito neonatal (8,1%) e pós-neonatal (6,1%). Concluiu-se que os prematuros graves foram identificados pelo near miss neonatal precoce, os quais apresentaram maior risco para evoluções desfavoráveis como as morbidades e óbito.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1888
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