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Título: Dificuldade de acesso a serviços de saúde em idosos comunitários: prevalência e fatores associados
Autor(es): Cruz, Priscila Karolline Rodrigues
Orientador(ra): Costa, Fernanda Marques da
Vieira, Maria Aparecida
Membro(s) Banca: Rocha, Josiane Santos Brant
Araújo, Diego Dias de
Cardoso, Anamaria de Souza Cardoso
Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo
Dias, Orlene Veloso
Palavras-chave: Serviços de saúde – Idosos – Assistência;Acesso aos serviços de saúde – Dificuldades - Prevalência;Enfermagem em saúde comunitária;Geriatria
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 19-Jul-2019
Resumo: O envelhecimento populacional é um fenômeno que ocorre em escala global, caracterizado pelo aumento da expectativa de vida e queda da taxa de fecundidade. Possui cada vez mais relevância e impacto na sociedade e traz consigo grandes repercussões, entre elas destaca-se a necessidade de adaptações do sistema de saúde para garantir qualidade de acesso aos serviços de saúde pelos idosos. O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de dificuldades do acesso aos serviços de saúde entre idosos não comunitários na zona urbana de Montes Claros, MG, Brasil e descrever os fatores associados. Trata-se de Estudo transversal, entre idosos não institucionalizados Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados foi realizada no domicílio do idoso entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017. Avaliou-se características demográficas (sexo, faixa etária), sociais (situação conjugal, arranjo familiar, escolaridade e leitura) variáveis econômicas (renda própria e renda familiar mensal) características clínicas (hipertensão arterial, diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, doença osteoarticular, neoplasia, acidente vascular encefálico, autopercepção de saúde, presença de cuidador, queda nos últimos 12 meses, internação nos últimos 12 meses e fragilidade) relativas ao acesso ( possui plano de saúde, principal serviço de saúde procurado, público ou privado, dentre eles pronto atendimento do Sistema Único de Saúde, Pronto Atendimento Particular, Consultório Particular, Centro de Especialidades, e Estratégia Saúde da Família. Foram realizadas análises bivariadas (teste quiquadrado de Pearson) adotando-se nível de significância menor que 0,20 para inclusão das variáveis independentes no modelo múltiplo. O modelo final foi gerado por meio de análise de regressão de Poisson, com variância robusta, e as variáveis mantidas apresentaram associação com dificuldade de utilização dos serviços de saúde até o nível de significância de 0,05 (p < igual 0,05). Participaram deste estudo 394 idosos, a avaliação das características da amostra evidenciou a predominância do sexo feminino, 263 (66,8%). A faixa etária com maior contingente foi entre 60 e 79 anos 302 (76,6%), com média de idade de 73,9 (DP±7,9) anos. Residiam sem companheiro 199 (50,6%); 295 (74,9%) possuíam até quatro anos de estudo. Em relação às variáveis sociais, 348 (88,3%) idosos não possuíam cuidador. Das variáveis clínicas 281 (71,3%) eram hipertensos; 189 (48,0%) referiam doenças ósteo-articulares. Dos idosos avaliados, 33% referiram dificuldades de acesso. Verificou-se, na análise múltipla, maior dificuldade de acesso entre os idosos sem companheiro (RP=1,21); que não sabem ler (RP=1,23); com autopercepção negativa de saúde (RP=1,13) frágeis (RP=1,35). Os idosos enfrentaram maiores dificuldades no acesso quando procuram serviços públicos (RP= 1,32). Conclui-se que há alta percepção de dificuldade de acesso, influenciada por aspectos sociais e físicos inerentes ao envelhecimento. Evidencia-se necessidade de investimentos na assistência à saúde do idoso, de forma a garantir a assistência de qualidade e promover um envelhecer com melhor acesso à saúde.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2004
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