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Título: Circunstâncias e fatores associados à queda em idosos residentes na comunidade
Autor(es): Bandeira, Leandro de Jesus Santos
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Silva, Carla Silvana de Oliveira e
Mendonza, Isabel Yovana Quispe
Palavras-chave: Atenção primária à saúde;Acidente por quedas;Atenção primária à saúde
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: O envelhecimento populacional durante o século XX representou um fenômeno relevante por causa da sua dispersão nas diversas regiões do mundo e pela velocidade que vinha ocorrendo, especificamente, em países com menor desenvolvimento econômico. Acompanhando essa tendência, a população brasileira também está apresentando um envelhecimento acelerado. Em 1970, proporcionalmente à população total, os idosos representavam 4,95% e alcançaram o percentual de 8,47% em 1990, chegando ao total de 11,3% em 2009, correspondendo a mais de 21 milhões de pessoas. As projeções indicam que em 2025, o Brasil terá 27 milhões de idosos e será o sexto país mais envelhecido do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como o completo estado de bem-estar físico, mental e social. No contexto da saúde do idoso, esse termo se traduz como sendo a capacidade do indivíduo em realizar as suas aspirações de forma autônoma e independente. Entre os desafios a serem enfrentados pelos serviços de saúde e pelos próprios idosos e suas famílias, estão as quedas que, para esse grupo, representam grande ameaça à sua funcionalidade devido aos reflexos negativos em importantes aspectos, um deles a mobilidade. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi estimar a prevalência e caracterizar os episódios de quedas em idosos, com ênfase na identificação das circunstâncias e fatores associados às quedas em idosos residentes na comunidade. Trata-se de um estudo transversal com amostra aleatória simples a partir do cadastro na rede de atenção primária do município de Pirapora ao norte de Minas Gerais. Foram avaliadas características demográficas e socioeconômicas dos idosos, além de variáveis relacionadas ao risco de vulnerabilidade clínico funcional, correlatas à saúde e características dos episódios de quedas nos últimos 12 meses. Também foram aferidos teste de equilíbrio: Semi Tandem, teste do Step alternado, teste de sentado para em pé. As variáveis associadas à ocorrência de quedas foram identificadas após análise múltipla, por meio da Regressão de Poisson, com variância robusta. Foram analisados 367 Idosos. A ocorrência de quedas foi registrada por 37,6% do grupo. O local mais frequente foi em vias públicas (50,7%), a principal causa foi tropeção/escorregão (62,3%). As variáveis morar sozinho (p=0,038; RP=1,30(IC95%:1,02-1,67), não possuir renda própria (p=0,042; RP=1,41(IC95%:1,01-1,98) e ter alterações cognitivas (p=0,021; RP=1,20(IC95%:1,03-1,42) mostraram-se associadas a maior risco de quedas e conclusão do teste do Step alternado em tempo igual ou superior a 10 segundos mostrou-se como fator de proteção (p=0,004; RP=0,79(IC95%:0,67-0,93). As quedas entre os idosos avaliados apresentam elevada prevalência e as variáveis associadas à ocorrência de quedas denotam carência de suporte social para o grupo, seja por parte da família ou da sociedade.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/800
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