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Título: Sentidos atribuídos à prática dos cuidados em saúde de mulheres quilombolas rurais
Autor(es): Oliveira, Pâmela Scarlatt Durães
Orientador(ra): Rodrigues Neto, João Felício
Sampaio, Cristina Andrade
Membro(s) Banca: Moura, Ana Paula Venuto
Morais, Aisiane Cedraz
Nunes, João
Miranda, Vinicius Cardoso de
Palavras-chave: Mulheres - Saúde e higiene;Mulheres do campo;Quilombolas - Usos e costumes;Hábitos de saúde;Cartografia
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: 24-Fev-2023
Resumo: Entre os povos tradicionais estão as populações e comunidades quilombolas. Algumas dessas comunidades não possuem acesso aos bens coletivos, o que leva a condições de vida com baixo índice de qualidade e de desenvolvimento humano. A cultura influencia na manutenção do bem-estar desse grupo, assim como o entendimento do processo saúde-doença, incapacidades ou da morte, e exerce forte influência nas escolhas dos cuidados. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi investigar os sentidos atribuídos à saúde e os caminhos percorridos nas buscas de cuidados por mulheres quilombolas em territórios localizados na Macrorregião de Saúde Norte, Estado de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de pesquisa qualitativa, sendo o primeiro produto fundamentado no método da Cartografia proposto por Passos, Kastrup e Escossia no livro “Pistas do método da cartografia”. O segundo produto teve como suporte teórico o modelo de Sistema de Cuidados à Saúde de Arthur Kleinman, para percorrer os Itinerários Terapêuticos das mulheres quilombolas em busca de cuidados em saúde. Os dados foram produzidos em 23 comunidades, por meio da realização de entrevistas individuais, observações, registros fotográficos e diários de campo. A Análise de Discurso possibilitou percorrer as 8 pistas da cartografia presentes no livro e a elaboração de uma figura do rizoma das práticas de cuidado femininas. No segundo produto, os itinerários terapêuticos permitiram a construção de 3 categorias: o significado da saúde e doença; o sistema de cuidado profissional nas comunidades quilombolas; itinerário de cuidados nos espaços percorridos pelas mulheres quilombolas. O viver e o cuidar têm sua essência baseada no estilo de vida de seus ancestrais e no direito conquistado de se cuidar livremente, de poder lutar por acesso às condições de saúde. O valor atribuído ao cuidado à saúde relacionou-se com as tarefas domésticas e extradomiciliares atribuindo uma relação intrínseca entre saúde e trabalho. O cuidado é inerente ao gênero feminino, incluindo a alimentação, trato com as crianças, plantações, e à busca por serviços de saúde. Conclui-se que existem fragilidades em relação à atenção e à saúde junto a essas mulheres. Isso ocorre devido a alguns fatores, como a dificuldade de acesso aos serviços, o que revela um itinerário terapêutico mais relacionado às ações de medicina popular presentes nas próprias comunidades quilombolas.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/875
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