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Título: Câncer de pulmão: anos potenciais de vida perdidos e qualidade de vida
Autor(es): Mota, Rafael Turano
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Membro(s) Banca: Vieira, Maria Aparecida
Caldeira, Antonio Prates
Rodrigues Neto, João Felício
Palavras-chave: Câncer de pulmão;Anos de vida perdidos;Qualidade de vida
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: Com base em documento da Organização Mundial da Saúde, o câncer foi considerado um problema de saúde pública, com estimativa de 20 milhões de novos casos para 2025. Nos países em desenvolvimento, o cenário é mais preocupante, onde são esperados 80% desses novos casos. Entre os tipos de câncer mais incidentes, destaca-se o de pulmão, com grande morbimortalidade. Esta dissertação teve como tema “câncer de pulmão”, com os objetivos de analisar os anos potenciais de vida perdidos entre pacientes com a doença e explorar o conhecimento atual sobre qualidade de vida dos acometidos. Para cada objetivo, utilizou-se um método distinto, com resultados e conclusões apresentados a seguir. Para atender ao primeiro, realizou-se pesquisa transversal analítica a partir de dados em prontuários de saúde de pacientes de um centro oncológico credenciado pelo Sistema Único de Saúde, localizado em Montes Claros-MG, Brasil. Coletaram-se dados demográficos, clínicos e de estilo de vida, com registro entre 2011 e 2017. Os anos potenciais de vida perdidos foram estimados pela diferença entre idade de óbito e expectativa de vida e procedeu-se à análise confrontando outras variáveis, com nível de significância de 5%, no programa IBM® SPSS versão 22.0. O estudo envolveu registros de 158 pacientes, com maioria do sexo masculino e tabagista. Foram calculados os anos potenciais de vida perdidos para 34 pacientes com óbito entre 40 e 74 anos de idade. A perda variou de 0,9 a 39,1 anos, com maior média entre mulheres. Não houve diferença na média de anos perdidos conforme história familiar de câncer, tabagismo, etilismo, tipo histológico, estadiamento da doença e tipo de tratamento inicial proposto. Concluiu-se que a enfermidade acarretou perdas de anos de vida, de até quatro décadas, o que reforça a gravidade da doença e o diagnóstico tardio. Faz-se necessário investir em ações que possam mudar esse panorama, incluindo programas de rastreamento da doença e educação sobre os malefícios do tabaco. Para alcançar o segundo objetivo conduziu-se pesquisa bibliográfica, do tipo scoping review. A busca procedeu-se nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores: “qualidade de vida” e “pacientes com câncer de pulmão”, sem limites para ano e idioma. Foram localizadas 131 referências e, após uso de critérios de exclusão e inclusão, permaneceram 15 publicações, entre 2006 e 2017, a maioria (n=9) de delineamento transversal. Oito diferentes instrumentos foram utilizados para avaliar qualidade de vida, com destaque para o European Organization for Research and Treatment of Cancer - Quality of Life Questionnaire, questionário específico para câncer de pulmão, adotado em seis artigos. Os estudos prospectivos (n=6) avaliaram qualidade de vida antes e após quimioterapia, fisioterapia ou ressecção pulmonar e apresentaram resultados contraditórios em diferentes domínios da qualidade de vida. Os estudos transversais com grupos comparativos de pessoas saudáveis apresentaram menor qualidade de vida para aqueles com câncer de pulmão. A scoping review sintetizou publicações sobre qualidade de vida entre pessoas com câncer de pulmão. Constatou-se diversidade metodológica quanto aos instrumentos utilizados e às etapas de coleta de dados, o que dificulta a comparação de resultados entre os estudos.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1681
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