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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/837
Título: | Adicção em Internet: propriedades psicométricas do Internet Addiction Test e prevalência em estudantes |
Autor(es): | Brito, Alexandre Botelho |
Orientador(ra): | Silveira, Marise Fagundes |
Membro(s) Banca: | Pinho, Lucineia de Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo Haikal, Desirée Sant'Ana Brito, Nilson Luiz Castelúcio Garcia, Federico Duarte |
Palavras-chave: | Adicção;Internet;Estudantes;Estudos de validação. |
Área: | Ciencias da Saude |
Subárea: | Saude Coletiva |
Data do documento: | 2019 |
Resumo: | Introdução: O advento da internet propiciou inúmeros benefícios, porém o seu uso inadequado e excessivo pode acarretar o desenvolvimento de um transtorno de dependência denominado Adicção em Internet (AI). Objetivo: Avaliar as propriedades psicométricas do instrumento Internet Addiction Test (IAT) e estimar a prevalência de Adicção em Internet (AI) entre estudantes. Foram realizados dois estudos cuja população foi constituída por estudantes do ensino médio e superior de escolas públicas e privadas do município de Montes Claros-MG, Brasil. Estudo 1: Estudo metodológico que avaliou a validade e confiabilidade do IAT na população investigada. A validade foi avaliada pela análise da sensibilidade psicométrica, validade de construto (fatorial, convergente, discriminante e teste de hipótese) e validade de critério (concorrente); a estabilidade do modelo ajustado foi avaliada em subamostras independentes por análise multigrupos; a confiabilidade foi avaliada por meio da consistência interna e reprodutibilidade. Participaram 2519 estudantes selecionados aleatoriamente, sendo 29,6% e 70,4% do ensino médio e ensino superior, respectivamente. Todos os itens do IAT apresentaram valores indicadores de distribuição normal (coeficientes de assimetria < 3 e curtose < 7) e, por isso, adequada sensibilidade psicométrica. Foi ajustado um modelo trifatorial: “Preocupação emocional e cognitiva com a internet” (Fator 1), “Problemas de gerenciamento de tempo” (Fator 2) e “Problemas de desempenho” (Fator 3), o qual obteve índices satisfatórios de adequação e estrutura estável nas subamostras independentes. Na análise da validade convergente obtiveram-se valores de Variância Extraída Média iguais a 0,32, 0,41 e 0,45 e valores de Confiabilidade Composta iguais 0,84, 0,81 e 0,71, para o Fator 1, Fator 2 e Fator 3, respectivamente. Quanto ao teste de hipótese, o IAT foi capaz de distinguir diferentes níveis (p < 0,05) de AI entre os estudantes segundo sexo, idade, classe econômica, uso frequente de redes sociais, jogos on line, vídeos/filmes e músicas. A validade concorrente foi demonstrada com correlações positivas e significativas (p < 0,05) entre o escore do IAT e autopercepção da AI (r = 0,427), tempo de uso da internet em dias úteis (r = 0,427) e fins de semana (r = 0,424). A consistência interna foi adequada (α = 0,906), bem como a reprodutibilidade (Kappa = 0,73 e Coeficiente de Correlação Intraclasse = 0,90). A versão do IAT, traduzida para o português, apresentou propriedades psicométricas satisfatórias e pode ser considerada válida e confiável para avaliar a AI em estudantes do ensino médio e universitários brasileiros. Estudo 2: Estudo transversal, de base populacional, que estimou a prevalência de AI e fatores associados na população investigada. A AI foi avaliada por meio do Internet Addiction Test (IAT) e os fatores analisados foram: características demográficas, socioeconômicas, estilo de vida e perfil de uso de internet. Foi realizada análise descritiva das variáveis (distribuição de frequência, medidas de centro e variabilidade). Estimaram-se prevalências de AI, com intervalo de 95% de confiança (IC95%). Para identificar os fatores associados à Problemas com Adicção em Internet (PAI) adotou-se o modelo de regressão de Poisson, com variância robusta, o que permitiu estimar as razões de prevalências (RP). Dos 2519 participantes, 6,2% [IC95%:4,3%;8,8%] foram considerados como adictos em internet e 46,1% [IC95%:42,2%;50,0%] como usuário problemático, totalizando 52,3% [IC95%:46,8%;57,7%] com PAI. No ensino médio, ter PAI apresentou associação positiva com: sexo feminino (RP=1,12), consumo de álcool (RP=1,33), sono prejudicado (RP=1,24), uso frequente das redes sociais (RP=3,16) e tempo de conexão (RP=1,03). Associação negativa com idade acima de 16 anos (RP=0,90) e classe econômica C (RP=0,73). No ensino superior, os seguintes fatores apresentaram associação positiva com PAI: sexo feminino (RP= 1,12), exercício de atividade remunerada (RP=1,14), consumo de álcool (RP=1,24), sono prejudicado (RP=1,39), alimentação não balanceada (RP=1,19), uso frequente das redes sociais (RP=2,57) e tempo de conexão (RP=1,04). Associação negativa com idade acima de 23 anos (RP=0,70), classe econômica C (RP=0,89) e D/E (RP=0,66). Mais da metade dos estudantes apresentou comportamento problemático relativo ao uso da internet, que se mostrou associado às características demográficas, socioeconômicas, de estilo de vida e de uso da internet. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/837 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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