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Título: Negros de Poções: feitiços e outros caxangás em seus processos sociais: historicidade, identidade e territorialidade em Brejo das Almas – MG
Autor(es): Gonçalves, Flávio José
Orientador(ra): Costa, João Batista de Almeida
Membro(s) Banca: Suárez, Mireya
Palavras-chave: Quilombo;Consciência Negra;Identidade étnica;Territorialidade;População Afro-brasileira atual
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Sociologia
Data do documento: 2007
Resumo: Este trabalho etnográfico é o resultado da derivação de e studos sobre a narrativa da aventura dos grupos de negros (fugidos, libertos e livres) no sertão norte mineiro, buscando (in) visibilidade no interior do Campo Negro Ampliado da Jahyba. O objetivo central é tecer respostas sobre a historicidade, a identida de étnica e a territorialidade dos Negros de Poções, sua memória e a de outros negros na história municipal. Para narrar a historicidade de Poções, cotejo-a com a historicidade do município de Francisco Sá, tomo uma discussão sobre a ressemantização do termo quilombo e mocambo para depois debruçar sobre a historicidade negra no Brejo das Almas tornando -a como um ato fundante da vida local. Depois discuto sobre o processo de ocupação e de territorialização na memória local, com destaque a chegada do Negro Lucas vindo do Recôncavo Baiano. Ao discutir sobre o processo de ocupação e de territorialização na historiografia municipal, afirmo que a presença de negros na região se deu antes da chegada dos brancos, fazendo uma incursão nos escritos dos historiadores memorialistas. Neste ponto da discussão, narro a relação da família Sá e seus escravos dando ênfase à farsa local do fim da escravidão. Ao discutir sobre a organização social dos Negros de Poções mostro suas tramas relacionais internas, suas dinâmicas de te rritorialidades, que se fundamentam nas estratégias de reprodução familiar e social, alicerçadas na reciprocidade que reforçam os laços familiares e seus vínculos de vizinhança. Ainda discuto seus processos sociais, dando destaque aos caxangás da CODEVASF para a construção da Barragem de Pedro Jú que em cujas águas estão enterradas: o povoado original com seus assentos, o cemitério de seus ancestrais, a capela, o cruzeiro e os locais de produção material. Ao discutir sobre manifestações culturais, narro a F esta de Poções, sendo esta um ponto de efervescência quase dionisíaca, que reúne coisas e elementos contrários. A religiosidade e a sacralidade estão centradas na devoção no Senhor Bom Jesus, onde as práticas lúdicas afirmam e reafirmam a identidade étnica de um grupo remanescente de quilombos do Campo Negro da Jahyba. Todos os conteúdos identitários dos Negros de Poções são sinais diacríticos que se solidificam nas narrativas dos Guardiões da Memória local e no artigo 68 dos ADCT da Constituição Federal de 1988.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1022
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