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Título: A inserção da agricultura familiar do semiárido mineiro no arranjo produtivo da cadeia regional de produção de agrocombustível: a experiência da Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão
Autor(es): Santos, Fábio Dias dos
Orientador(ra): Barbosa, Rômulo Soares
Membro(s) Banca: Thé, Ana Paula Glinfskoi
Laschefski, Klemens Augustinus
Palavras-chave: Agricultura familiar - Agrocombustíveis;Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão (CGS);Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel (PNBP)
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: 2011
Resumo: Os agrocombustíveis estão ganhando legitimidade sendo apresentados pela mídia e governos de vários países, principalmente o governo do Brasil, como uma solução para parte das graves crises que preocupam a humanidade neste início de século XXI. Através do Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel (PNPB), o governo brasileiro procurou integrar as unidades de agricultura familiar a arranjos produtivos do biodiesel, conferindo ao programa o caráter de promotor da inclusão social. Todavia, a participação da agricultura familiar no suprimento da emergente demanda por agroenergia no país e suscita um conjunto importante e consistente de reflexões sobre como essa participação tem se constituído. O presente estudo objetiva analisar a inserção da agricultura familiar do semiárido mineiro nos arranjos produtivos de agroenergia tendo como referência empírica a experiência da Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão (CGS). Esta organização tem o projeto de cooperação fomentado pela Petrobras e busca promover, articulada a outras cadeias produtivas, a produção de agroenergia sob a opção de integração entre cultivos energéticos e alimentos com base em práticas de transição agroecológica. Do ponto de vista do debate internacional sobre os agrocombustíveis, verificou-se que as políticas de incentivos à produção das “energias limpas” alinham-se simetricamente aos pressupostos da modernização ecológica do capitalismo e de uma noção dominante de desenvolvimento sustentável, o que invisibiliza diferentes conflitos socioambientais que têm se acirrado com a emergência da expansão produtiva da nova matriz energética. No Brasil, o PNPB tem sofrido forte influência das corporações agroindustriais do setor da agroenergia. O paradoxo se revela na gradual inserção de produtores mais consolidados no Programa, dando menos espaço para inclusão social. Assim, a participação de agricultores mais periféricos mantém-se como uma “grande meta” longe de ser batida. Por hora, os agricultores familiares, obrigatoriamente inseridos, não passam de um “escudo social” das empresas, aquele que garante negócios lucrativos. Diante da condição fragilizada da agricultura familiar no PNPB, a CGS tem o desafio de apresentar um contraponto, sendo este construído em projetos estratégicos paralelos à atuação da organização no Programa.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1100
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