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Título: Inclusão de óleo de pequi (Caryocar brasiliense cambes.) na alimentação de cavalos submetidos a testes físicos no semiárido
Autor(es): Costa, Mérida Layara Xavier
Orientador(ra): Costa, Maria Dulcinéia da
Membro(s) Banca: Rocha Júnior, Vicente Ribeiro
Pires, Daniel Ananias de Assis
Ruas, José Reinaldo Mendes
Rezende, Adalgiza Souza Carneiro de
Palavras-chave: Cavalo Alimentação e rações;Cavalo;Óleo de Pequi
Área: Ciencias Agrarias
Subárea: Agronomia
Data do documento: 25-Ago-2023
Resumo: Uma forma de suprir o requerimento energético dos equinos é com adição de gordura na dieta, em virtude da ausência da vesícula biliar em seu trato digestivo, os equídeos secretam a bile, mas não armazenam, o que facilita a digestão das gorduras. O óleo de pequi (Caryocar brasiliense cambes.) contém altos teores de lipídios, além da presença de ácidos graxos. Objetivou-se com esta pesquisa incluir o óleo de pequi na alimentação de cavalos submetidos a testes físicos no semiárido e avaliar sua digestibilidade aparente, consumo, comportamento ingestivo, parâmetros sanguíneos e fisiológicos. Foram utilizados 9 equinos da raça Mangalarga Marchador, machos, adultos, com idade de 10 ± 5 anos e peso vivo de 390 ± 30 Kg. Empregaram-se três tratamentos: Tratamento I: Feno + Concentrado (Sem adição de óleo); Tratamento II: Feno + Concentrado + 200 mL de óleo de pequi; Tratamento III: Feno + Concentrado + 200 mL de óleo de soja. Feno de Cynodon dactylon variedade Jiggs como volumoso e concentrado comercial com adição dos respectivos óleos. O período experimental durou 63 dias, com três períodos de 21 dias, sendo 18 dias de adaptação e três dias de coleta. O delineamento experimental foi o Quadrado Latino 3x3, sendo 3 tratamentos, 3 repetições e 3 períodos de coletas. Para avaliação da digestibilidade, realizou-se a coleta total de fezes, e o comportamento ingestivo foi avaliado por meio da observação dos animais. Após cada período, os animais foram submetidos a testes de desempenho de intensidade leve. Eles foram tangidos durante 10 minutos no passo em um redondel para aquecimento e, em seguida, tocados por 10 minutos executando galope livre, em uma pista reta de 120 metros, com obstáculos leves. Foram aferidos os parâmetros fisiológicos (frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura retal) e realizadas coletas sanguíneas com os animais em repouso, imediatamente após, aos 10 e 30 min. após os testes. As amostras sanguíneas foram coletadas por punção da veia jugular para avaliação da atividade sérica das enzimas creatina quinase, aspartato aminotranferase, lactato desidrogenase e das concentrações de glicose, colesterol, triglicérides e lactato com o uso de espectrofotômetro, e hematócrito por meio de centrifugação. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey a 5% de significância. Os parâmetros fisiológicos apresentaram comportamento normal quanto às três dietas e tempos de coleta. As enzimas séricas apresentaram acréscimos imediatamente após o exercício com decréscimo nos momentos seguintes. Os resultados de colesterol, triglicérides e hematócritos foram similares, pois os animais apresentaram acréscimos imediatamente após o exercício, e posterior redução. O consumo não foi influenciado pelas dietas. A dieta contendo óleo de pequi propiciou melhor digestibilidade de matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro. Quanto ao comportamento ingestivo, não houve influência das dietas no tempo gasto pelos animais para o consumo das três dietas experimentais. O óleo de pequi pode ser incluído na dieta de cavalos da raça Mangalarga Marchador submetidos a testes físicos no semiárido, pois não prejudicou os parâmetros de desempenho, consumo e digestibilidade avaliados.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1166
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