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Título: A presença feminina em postos de comando na Polícia Militar de Minas Gerais sob a perspectiva das relações sociais de gênero
Autor(es): Araújo, Welberte Ferreira de
Orientador(ra): Santos, Gilmar Ribeiro dos
Membro(s) Banca: Ferreira, Maria da Luz Alves
Souza, Marcos Santana de
Borges, Kátia Franciele Correa
Nascimento, Rafael Baioni do
Pereira, Laurindo Mekie
Palavras-chave: Mulheres policiais - Minas Gerais;Mulheres policiais - Oficiais;Minas Gerais, Polícia Militar;Mulheres - Liderança;Mulheres - Trabalho;Relações sociais de gênero
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: 2022
Resumo: Nesta pesquisa, objetivou-se discutir a atuação de mulheres nos postos de comando da Polícia Militar de Minas Gerais, sob uma perspectiva das relações sociais de gênero. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, pelo método de estudo de caso, com mulheres que ocupam postos de diferentes segmentos do oficialato da PMMG.Conforme apontou o estudo, o trabalho executado pelas oficiais nos postos de comando da PMMG é marcado por uma complexidade de questões envolvidas que permeiam disputas de poder, identidades, gênero e representações nesse espaço, seja em seu cotidiano, ou nos relacionamentos que elas estabelecem, no trabalho e na vida pessoal ou nas dificuldades que enfrentam no exercício de suas funções. A tese revela que a presença feminina nos postos de comando Polícia Militar de Minas Gerais, nos níveis decisórios e estratégicos, não significou, exatamente, que tenha ocorrido mudanças significativas nas relações de gênero no âmbito dessa instituição.Aponta ainda que a despeito dos avanços observados na trajetória feminina na corporação ao longo de quatro décadas, como a promoção de mulheres ao último posto da carreira, permanecem obstáculos de maneira informal para ocupação de alguns espaços, principalmente quando se trata de ascensão ao último posto ou de atividades operacionais.Assim, é possível sinalizar sob a óptica delas, a existência de guetos na Instituição, nos quais,mesmo em posições de comando, as mulheres se encontram restritas às atividades compatíveis com as concepções essencialistas das atividades femininas, sob o pretexto de maior compatibilidade com as características físicas e psicológicas das mulheres. Ademais, as mulheres exercendo funções de comando, na perspectiva delas, são vítimas de preconceitos e estereótipos de gênero engendrados na corporação e que geram círculos de contenção que dificultam o efetivo exercício do poder. Por outro lado, emergem através de seus relatos possibilidades de resistência face à desigualdade de gênero ainda presente na PMMG.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1201
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