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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1237
Título: | Desigualdades, Trabalho e Gênero: transgressões nas relações laborais no contexto do movimento sindical de trabalhadores do setor metalúrgico |
Autor(es): | Peres, Anna Paula Lemos Santos |
Orientador(ra): | Rodrigues, Luciene |
Membro(s) Banca: | Maia, Cláudia de Jesus Balsa, Cassimiro Manuel Marques Sindeaux, Roney Versiani |
Palavras-chave: | Trabalho;Mulheres – provas – desafios;Gênero;Desigualdades sociais;Movimento sindical - Setor metalúrgico – Transgressão |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2015 |
Resumo: | Desde suas origens a organização sindical vivenciou grandes conquistas, contudo nesta segunda década do século XXI, ainda enfrenta desafios no que refere à promoção de relações sociais de gênero mais igualitárias. No Brasil ainda há assimetrias de gênero entre filiação e ocupação de cargos diretivos em várias categorias sindicais. A presente pesquisa discute as desigualdades de classe e gênero e tem como foco as transgressões de mulheres para ocupar cargos aonde “não deveriam estar”. Em termos gerais, o estudo busca compreender o aspecto da transgressão quanto ao que aconteceu na trajetória de vida dessas mulheres que as impulsionaram nesta direção e como tais circunstâncias afetam o desenvolvimento social. Em termos específicos, o estudo procura (i) historiar o processo de organização dos trabalhadores e as desigualdades de gênero no movimento sindical em geral, com destaque para as transformações tecnológicas e suas consequências para o movimento sindical no Brasil de modo a compreender o Sindicato dos Metalúrgicos no contexto do Novo Sindicalismo brasileiro; (ii) apresentar teorias referentes a trabalho, gênero e poder; (iii) conhecer a trajetória de algumas mulheres inseridas em diretorias de entidades sindicais com bases majoritariamente masculinas tal como a do sindicato do setor da indústria metalúrgica no intuito de identificar provas ou desafios comuns experimentados pelas mesmas ao longo de suas trajetórias de vida; (iv) compreender a resposta singular dessas mulheres aos desafios enfrentados na transposição dessas desigualdades de gênero em organizações de representação dos interesses dos trabalhadores e como estas situações de provação influenciaram para a inserção delas no quadro diretor dessas organizações. No que refere aos procedimentos metodológicos, para responder aos objetivos propostos, escolheu-se uma Organização Sindical dos trabalhadores a partir dos seguintes critérios: (a) que fosse representativo de um setor majoritariamente masculino, isto é, com maior proporção de trabalhadores homens; (b) num campo profissional com forte divisão sexual do trabalho; (c) com assimetrias de gênero para o exercício da mesma função; e, (d) com os cargos da base diretiva compostos majoritariamente por trabalhadores do sexo masculino. Em termos do referencial teórico, o estudo centra nas categorias trabalho e gênero para discutir reestruturação produtiva e impactos das mudanças tecnológicas sobre a organização o trabalho e sindical; gênero e poder; papéis de gênero no mundo laboral, inserção das mulheres no mercado de trabalho e desigualdade de gênero nas relações laborais; divisão sexual do trabalho e a segregação profissional; participação das mulheres em cargos de poder nas organizações de trabalhadores. Com aporte na sociologia da individuação, busca-se compreender o enfrentamento das desigualdades de gênero no mundo laboral por meio do operador analítico prova. O operador é utilizado para analisar dificuldades e desafios enfrentados pelas mulheres no cotidiano e na estrutura das relações laborais e as respostas delas a tais desafios. As provas comuns identificadas na trajetória de vida das mulheres diretoras relacionam-se à família, escola, trabalho e à relação consigo mesma. Verificou-se que, a trajetória profissional propiciou uma mudança de consciência nas mesmas que as aproximou da atividade sindical diante da possibilidade de se verem privadas do trabalho. Esta proatividade despertou a atenção dos dirigentes do sexo masculino que, então, convidaram as mulheres para participarem das chapas que concorreriam à diretoria. Agregados, estes fatores se mostraram determinantes para que elas integrassem o quadro diretivo da entidade sindical. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1237 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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