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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1399
Título: | “O coração fica doendo, porque lá nasci e criei... mas tive que sair, o jeito foi sair”: a desestruturação dos modos de vida e o processo de migração forçada de atingidos pela Mineração Riacho dos Machados - MRDM |
Autor(es): | Souza, Carla Nadinne |
Orientador(ra): | Paula, Andrea Maria Narciso Rocha de |
Membro(s) Banca: | Barbosa, Rômulo Soares Teixeira, Raquel Oliveira Santos |
Palavras-chave: | Mineração - Riacho dos Machados (MG);Desestruturação;Migração forçada;Modo de vida |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2020 |
Resumo: | Este trabalho disserta sobre atingidos da Mineração Riacho dos Machados-MRDM, complexo minerário localizado nos municípios de Riacho dos Machados e Porteirinha, na região Norte do estado de Minas Gerais. Tivemos como objetivo geral compreender o processo de migração dos atingidos das áreas adjacentes às estruturas da mineradora, tendo como recorte temporal a reativação da atividade a partir de 2008. Para tanto, discutimos o contexto político econômico do neoextrativismo e o processo de reprimarização da economia na América Latina e no Brasil, para então tratarmos do Norte de Minas enquanto Nova Fronteira Mineral. Nesse contexto, trazemos as discussões sobre os danos da atividade, buscando entender de que forma acontecem as violências e violações cotidianas que levaram à desestruturação do modo de vida tradicional dos nossos interlocutores, o que vem impossibilitando a permanência dos mesmos em seus lugares tradicionais. Através da metodologia qualitativa, da pesquisa bibliográfica e trabalhos de campo, privilegiando as narrativas, buscamos também compreender em quais condições os atingidos são encurralados e expulsos dos seus lugares e como é o refazer a vida em um outro lugar. Observamos que o processo de migração forçada nas comunidades acontece de duas maneiras. Os atingidos da comunidade Ouro Fino, localizada a jusante da barragem de rejeitos, migram compulsoriamente para a parte urbana de Riacho dos Machados. Saem de suas casas para protegerem suas vidas e saúde. Já os moradores de Piranga, localizada a aproximadamente um quilômetro da cava da mina, continuam convivendo com a mineração e seus efeitos destrutivos, presos em uma condição de sujeição, onde não há escolha e tampouco meios de tornar possível uma escolha. Estão encurralados e em iminência de expulsão do lugar. Em ambas as situações os atingidos vivem tensões provenientes da “extrahección”. São expostos a situações de vulnerabilidade, mudanças no modo de viver e consequentemente, mudanças nos cenários em que vivem. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1399 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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