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Título: Transtorno do espectro autista e fatores pré-natais: um estudo de caso controle no Brasil
Autor(es): Porto, Daniella Patrícia de Oliveira
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Membro(s) Banca: Rodrigues Neto, João Felício
Almeida, Maria Tereza
Palavras-chave: Transtornos do espectro autista (TEA);Diagnóstico pré-natal;Transtornos do neurodesenvolvimento - Fatores de risco;Gravidez
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: 27-Jun-2022
Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, marcado pelo padrão deficitário na comunicação social e comportamentos sensório-motores atípicos, esses geralmente marcados pela repetitividade, podendo acometer um grupo heterogêneo de indivíduos. Sua etiologia é multifatorial, com fatores genéticos e ambientais envolvidos. Os tratamentos atuais incluem medidas farmacológicas, buscando a diminuição de comportamentos agressivos ou de comorbidades psiquiátricas; e não farmacológicas, objetivando facilitar as interações sociais do indivíduo. O presente estudo objetivou investigar a associação entre o transtorno do espectro autista (TEA) e fatores pré-natais em uma população do norte de Minas Gerais, Brasil. Para tanto, utilizou- se os dados de um estudo caso-controle que avaliou os fatores pré, peri e pós-natais associada ao TEA, realizado com os responsáveis de 248 crianças/adolescentes diagnosticados com TEA (grupo caso) e 886 neurotípicos (grupo controle). Foram analisadas as seguintes variáveis relativas ao pré-natal: local do pré-natal; aceitação da gravidez; episódio de estresse; episódio de depressão, tristeza ou ansiedade; ocorrência de pré-eclâmpsia ou eclampsia; ocorrência de sangramento; ocorrência de infecção; ocorrência de febre; uso de sulfato ferroso e uso de medicamentos. Além disso, visando controlar possíveis fatores de confusão, analisaram-se os seguintes grupos de variáveis: características da criança (sexo, idade e muito baixo peso ao nascer), características maternas (idade no parto e cor da pele autodeclarada), Histórico familiar (história de TEA em parentes de 1º grau). Utilizou-se um questionário semiestruturado para a coleta dos dados e adotou-se o modelo de regressão logística para estimar a razão de chances (OR) bruta e ajustada. No modelo ajustado foi identificada associação positiva e significativa do TEA com os seguintes fatores pré-natais: Pré-natal realizado em rede privada (OR=1,59; IC 95%:1,13-2,23), Presença de depressão, tristeza ou ansiedade materno durante a gestação (OR=2,10; IC 95% 1,51-2,92); Ocorrência de pré- eclâmpsia ou eclâmpsia (OR=1,61; IC 95% 0,93-2,77); Ocorrência de sangramento na gestação (OR=1,54; IC 95% 1,03-2,30); Ausência de suplementação com sulfato ferroso/ferro na gestação (OR=1,52; IC 95%:1,00-2,30), após ajuste para as variáveis sexo da criança, peso ao nascer, idade materna no parto, cor de pele materna e história familiar de TEA. Os resultados encontrados podem ser úteis no aconselhamento pré-natal para fatores de risco modificáveis e no diagnóstico precoce, constituindo-se também como potencial auxílio no planejamento de políticas de saúde pública.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1428
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