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Título: Ganho em peso, morfometria e caracterização de carcaças de cordeiros Santa Inês e F1 Dorper x Santa Inês em regime de pasto
Autor(es): Santos, Daniel Costa dos
Orientador(ra): Costa, Maria Dulcinéia da
Membro(s) Banca: Alves, Dorismar David
Aiura, Auriclécia Lopes de Oliveira
Rossi, Otávio de Morais
Palavras-chave: Carcaças;Ganho em peso;Ovinos
Área: Ciencias Agrarias
Subárea: Zootecnia
Data do documento: 8-Jul-2010
Resumo: Objetivou-se com o trabalho avaliar o ganho em peso, a morfometria e as características de carcaças de ovinos Santa Inês (SI) e F1 Dorper x Santa Inês (DSI). Foram utilizados 32 animais distribuídos em dois genótipos (SI e DSI), sendo 8 fêmeas e 8 machos de cada genótipo, com duas idades de abate (120 e 150 dias) no Capril Volta da Serra, em Januária, Norte de Minas Gerais. O delineamento foi inteiramente casualizado, em um esquema fatorial 2 x 2 x 2 (dois genótipos, dois sexos e duas épocas de abate). Foram feitas análises estatísticas de tendência central e foi utilizado o Teste de Scott-Knott a 5,0% de probabilidade para comparação das médias. Para as características de ganho em peso, foram coletados o peso ao nascimento (PN), à desmama (PD) e peso final (PF) com pesagens realizadas a cada quinze dias. Para avaliação da morfometria, foram tomadas as medidas corporais de altura de cernelha (ALC), altura de costado (ALCO), altura de garupa (ALG), comprimento de corpo (CCO), perímetro torácico (PET), largura de peito (LAP) e largura da garupa (LAG), coletadas antes do abate dos animais. As características de carcaça avaliadas foram peso vivo ao abate (PVA), peso de carcaça quente (PCQ), peso de carcaça fria (PCF), rendimento de carcaça quente (RCQ), rendimento de carcaça fria (RCF), perda por resfriamento (PR), conformação (COF), índice de compacidade da carcaça (ICC), comprimento interno da carcaça (CIC). Na carcaça fria avaliaram-se os rendimentos de cortes comerciais de pescoço, paleta, costela, lombo, perna. Os animais F1 DSI foram estatisticamente (P<0,05) superiores aos SI em PN e PD enquanto que PF não teve diferença significativa, já que o ganho de peso real ao desmame no abate foi superior para o genótipo SI, o que demonstrou maior capacidade de adaptação ao regime a pasto. O sexo não influenciou nas características de peso. O GPT do F1 foi maior (P<0,05) do que o SI, mas o mesmo não aconteceu com o GPMD que não teve diferença entre os genótipos avaliados. Dentre as características de carcaça o PCQ foi superior (P<0,05) para as fêmeas DSI aos 150 dias em relação às SI; enquanto o PCF foi maior para os machos DSI abatidos aos 120 dias (P<0,05). A PR foi mais acentuada (P<0,05) para os animais abatidos aos 150 dias, e os cordeiros SI abatidos aos 120 dias apresentaram maior PR (P<0,05) do que os F1 DSI. A COF das fêmeas DSI abatidas aos 150 dias foi superior (P<0,05) às fêmeas abatidas aos 120 dias. Não houve efeito significativo para ICC e CIC entre os genótipos. Para o rendimento dos cortes comerciais de maior relevância, como paleta e perna, não houve diferença significativa entre os genótipos. Quanto ao rendimento de lombo, os animais F1 DSI foram superiores (P<0,05) e a época de abate influenciou apenas o rendimento de paleta com superioridade para os animais abatidos aos 150 dias. Quanto à morfometria, os animais abatidos aos 120 dias apresentaram PET superior (P<0,05) aos abatidos aos 150 dias. A ALC e ALG foram maiores para os animais SI enquanto o CCO foi maior (P<0,05) para os F1. A implantação da raça Dorper como melhoradora deve ser avaliada de forma criteriosa quando se pretende manter seus produtos em sistemas exclusivamente a pasto, pois o incremento em ganho em peso, em características de carcaça e em morfometria foram irrelevantes apesar da superioridade em rendimento de lombo. Mais estudos são necessários com estes genótipos sob sistema de confinamento para avaliar o retorno bioeconômico, bem como os índices reprodutivos e econômicos.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1509
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