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Título: Glaucoma: qualidade de vida e plano de ação educativa em saúde
Autor(es): Picanço, Amanda Araújo Barros
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Membro(s) Banca: Leite, Maísa Tavares de Souza
Pìnho, Lucinéia de
Bonfim, Maria de Lourdes Carvalho
Palavras-chave: Glaucoma;Qualidade de vida;Campos visuais;Educação em saúde
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: Glaucoma é definido como uma neuropatia óptica crônica, progressiva, caracterizada por alterações típicas do disco óptico e da camada de fibras nervosas da retina, com repercussões características no campo visual. Existem cerca de 60 milhões de glaucomatosos no mundo. Anualmente, surgem 2,4 milhões de casos e a estimativa para 2020 é de 80 milhões de pessoas glaucomatosas. O glaucoma prejudica a qualidade de vida (QV) por diversas razões: perda da função visual; dificuldade na rotina diária do tratamento; efeitos colaterais e custo do tratamento; ansiedade e medo ligados ao diagnóstico de uma doença crônica, que ameaça a visão. Esta dissertação objetivou analisar a QV conforme a intensidade do comprometimento do campo visual entre glaucomatosos e apresentar um relato de experiência de ações educativas elaboradas para esse público. Foram utilizados dois métodos de pesquisa: transversal analítico e relato de experiência. Ambos conduzidos em uma unidade de atenção especializada em oftalmologia, Projeto Glaucoma, sediado em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil e serão apresentados individualmente, devido às suas particularidades. No estudo transversal analítico, a QV foi aferida pelo National Eye Institute 25-Item Visual Function Questionnaire (NEI-VFQ-25). O parâmetro Mean Deviation (MD) do melhor olho foi utilizado para classificar os defeitos de campo visual em leve, moderado e severo. Participaram 400 pacientes, 60,5% do sexo feminino. A idade dos participantes variou de 19 a 80 anos, sendo a maioria acima de 60 anos (55,8%) e com defeito precoce no campo visual, independente de ser proveniente do setor público ou privado. O escore médio de QV foi 77,62(±18,00) pontos. O subdomínio com pior média foi „dor ocular‟ (53,06±26,08) e com melhor média foi „visão de cores‟ (94,13±19,20). Destacou-se uma correlação linear negativa entre os escores de QV e o MD do campo visual, tanto do olho direito como do esquerdo. Entre os subdomínios de QV, „dependência‟ melhor explicou a variação do defeito de campo visual, sendo o fator de determinação dessa variação em 7,2% para o MD-OD e 8,4% para o MD-OE. Os achados demonstram que a perda de campo visual impacta, negativamente, na QV de glaucomatosos. Portanto, recomenda-se propiciar diagnóstico precoce para favorecer o tratamento e retardar a progressão da doença. Para o relato de experiência, elaborou-se um plano de ação educativa em saúde para a condução de dois encontros estruturados a partir da perspectiva dialógica Freireana e em respeito às diretrizes e princípios da Política Nacional de Humanização. Participaram da atividade educativa 25 glaucomatosos. Os conteúdos trabalhados foram conceito, fatores de risco, quadro clínico e tratamento do glaucoma. Utilizaram-se diferentes recursos educacionais, tais como figuras, macromodelos, cones de papel, dinâmicas de grupo e rodas de conversa. As atividades educativas ajudam a construir conhecimento sobre a doença, o que poderá impactar, positivamente, na adesão ao tratamento e melhorar o autocuidado para prevenção dos agravos relacionados ao glaucoma. Considerase que a condução de atividades educativas representa uma iniciativa importante em setores especializados, sejam públicos ou privados, por permitir o empoderamento dos sujeitos, a literácia em saúde e a corresponsabilização nos cuidados em saúde.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1685
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