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Título: Autopercepção positiva de saúde entre idosos jovens e longevos e fatores associados
Autor(es): Brasil, Carlos Henrique Guimarães
Orientador(ra): Pinho, Lucinéia de
Membro(s) Banca: Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo
Costa, Simone de Melo
Silva, Carla Silvana de Oliveira
Palavras-chave: Autopercepção;Envelhecimento;Saúde do idoso;Condições de saúde
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: A transição demográfica no Brasil provoca mudanças nas características epidemiológicas, econômicas e sociais do país. O envelhecimento aumenta a vulnerabilidade a agravos e a demanda por assistência, com impacto sobre o sistema de saúde. Este estudo teve por objetivo analisar a autopercepção positiva de saúde dos idosos jovens e idosos longevos atendidos pelas equipes da Estratégia Saúde da Família em Montes Claros – MG. Trata-se de pesquisa transversal e analítica, realizada com os idosos cadastrados em equipes que funcionam como polos da Residência em Medicina de Família e Comunidade no município. À época, haviam 138 equipes das quais um terço pertencente aos polos. Adotou-se amostragem probabilística por conglomerado em dois estágios, com seleção de 4 equipes para coleta. Foram incluídos todos os idosos cadastrados para avaliação por entrevistas em domicílio, por avaliadores treinados, utilizando-se o instrumento BOMFAQ (Brazilian Older Americans Resources and Services Multidimensional Function Assessment Questionnaire). Em caso de recusa, era sorteado outro indivíduo em substituição. Foram compilados dados relativos a sexo, idade, escolaridade, renda, autopercepção de saúde, capacidade funcional, avaliação cognitiva, uso de medicações ou polifarmácia, e polipatologias. A descrição e análise os dados contemplou os estratos de idosos jovens e longevos. Os dados foram tabulados com a utilização do software IBM SPSS® versão 20.0 e submetidos à análise de regressão de Poisson. Participaram deste estudo 1750 idosos, sendo 81,15% de idosos jovens e 18,85% de longevos. A autopercepção positiva foi referida em 70,8% dos idosos. Foram associadas a autopercepção positiva de saúde entre os idosos jovens as variáveis: maior escolaridade (RP=1,28; p-valor=0,001), melhor renda familiar (RP=1,12; p-valor=0,030), enxergar bem (RP=1,13; p-valor=0,003), ter boa mastigação (RP=1,17; p-valor=0,026), ausência de insônia (RP=1,12; p-valor<0,001), ausência de polipatologias (RP=1,31; p-valor<0,001), não ser diabético (RP=1,14; p-valor=0,007), não ter quedas no último ano (RP=1,14; p-valor=0,001) e realizar prática regular de atividades físicas (RP=1,11; p-valor<0,001). Entre os idosos longevos houve associação com as variáveis ter boa mastigação (RP=1,41; p-valor=0,013), sono preservado (RP=1,42; p-valor<0,001) e realizar prática de atividades físicas (RP=1,24; p-valor=0,002). Houve prevalência elevada de autopercepção positiva de saúde entre os idosos, relacionada a diferentes fatores em cada estrato estudado. A diversidade de variáveis relacionadas a percepção de saúde nas faixas etárias e a heterogeneidade das características biopsicossociais e econômicas dentro da terceira idade apontam para a necessidade de estudos longitudinais.
Descrição: A transição demográfica no Brasil provoca mudanças nas características epidemiológicas, econômicas e sociais do país. O envelhecimento aumenta a vulnerabilidade a agravos e a demanda por assistência, com impacto sobre o sistema de saúde. Este estudo teve por objetivo analisar a autopercepção positiva de saúde dos idosos jovens e idosos longevos atendidos pelas equipes da Estratégia Saúde da Família em Montes Claros – MG. Trata-se de pesquisa transversal e analítica, realizada com os idosos cadastrados em equipes que funcionam como polos da Residência em Medicina de Família e Comunidade no município. À época, haviam 138 equipes das quais um terço pertencente aos polos. Adotou-se amostragem probabilística por conglomerado em dois estágios, com seleção de 4 equipes para coleta. Foram incluídos todos os idosos cadastrados para avaliação por entrevistas em domicílio, por avaliadores treinados, utilizando-se o instrumento BOMFAQ (Brazilian Older Americans Resources and Services Multidimensional Function Assessment Questionnaire). Em caso de recusa, era sorteado outro indivíduo em substituição. Foram compilados dados relativos a sexo, idade, escolaridade, renda, autopercepção de saúde, capacidade funcional, avaliação cognitiva, uso de medicações ou polifarmácia, e polipatologias. A descrição e análise os dados contemplou os estratos de idosos jovens e longevos. Os dados foram tabulados com a utilização do software IBM SPSS® versão 20.0 e submetidos à análise de regressão de Poisson. Participaram deste estudo 1750 idosos, sendo 81,15% de idosos jovens e 18,85% de longevos. A autopercepção positiva foi referida em 70,8% dos idosos. Foram associadas a autopercepção positiva de saúde entre os idosos jovens as variáveis: maior escolaridade (RP=1,28; p-valor=0,001), melhor renda familiar (RP=1,12; p-valor=0,030), enxergar bem (RP=1,13; p-valor=0,003), ter boa mastigação (RP=1,17; p-valor=0,026), ausência de insônia (RP=1,12; p-valor<0,001), ausência de polipatologias (RP=1,31; p-valor<0,001), não ser diabético (RP=1,14; p-valor=0,007), não ter quedas no último ano (RP=1,14; p-valor=0,001) e realizar prática regular de atividades físicas (RP=1,11; p-valor<0,001). Entre os idosos longevos houve associação com as variáveis ter boa mastigação (RP=1,41; p-valor=0,013), sono preservado (RP=1,42; p-valor<0,001) e realizar prática de atividades físicas (RP=1,24; p-valor=0,002). Houve prevalência elevada de autopercepção positiva de saúde entre os idosos, relacionada a diferentes fatores em cada estrato estudado. A diversidade de variáveis relacionadas a percepção de saúde nas faixas etárias e a heterogeneidade das características biopsicossociais e econômicas dentro da terceira idade apontam para a necessidade de estudos longitudinais
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1688
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