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Título: Comprometimento cognitivo em uma população de idosos em Montes Claros, Minas Gerais
Autor(es): Barros, Eurides Maria Maia Atallah Haun de
Orientador(ra): Martelli, Daniella Reis Barbosa
Membro(s) Banca: Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo
Veloso, Daniela Araújo
Dias, Verônica Oliveira
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: O envelhecimento populacional constitui uma realidade no mundo atual. Com o aumento da proporção de idosos na população geral, observa-se um aumento na prevalência das condições crônicas, entre elas, o declínio cognitivo. As síndromes de declínio cognitivo, entre as quais se observa a demência, são um dos agravos mais incapacitantes e onerosos à saúde em todo o mundo. A manifestação clínica característica da demência é um comprometimento cognitivo observado ao longo do tempo. Desta forma, o acompanhamento da pessoa idosa deverá incluir uma avaliação cognitiva e para isso, o Mini Exame do Estado Mental (Minimental) é uma ferramenta apropriada. Este estudo do tipo transversal e analítico teve como objetivo estimar a prevalência de comprometimento cognitivo e fatores associados em uma população de idosos em Montes Claros – MG, além de descrever as características sócio-demográficas, hábitos de vida e condições de saúde desta população. Os sujeitos deste estudo foram os idosos cadastrados e acompanhados pelas equipes urbanas de Estratégia Saúde da Família (ESF) vinculadas ao Programa de Residência Médica em Saúde da Família e Comunidade em Montes Claros – MG. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado (Brazilian Older Americans Resources and Services MultiDimensional Function Assesment Questionnaire – BOMFAQ) e ocorreu no período de setembro de 2016 a maio de 2017, durante visitas domiciliares. Contemplou características sociodemográficas (sexo, faixa etária, estado conjugal, renda familiar mensal e escolaridade); hábitos de vida (tabagismo e atividade física regular) e condições de saúde (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, internação hospitalar nos últimos 6 meses e acidente vascular cerebral). Para a Avaliação Cognitiva, foi aplicado o Minimental e os resultados finais foram ajustados por escolaridade segundo Bertoluci e colaboradores. Foram realizadas análises descritivas das variáveis investigadas por meio de sua distribuição de frequência, em seguida, foram realizadas análises bi-variadas, bem como estimados os valores de odds ratio (OR) brutas, com intervalos de confiança (IC) de 95% por meio de regressão logística multinominal. Participaram deste estudo 1.746 idosos. Verificou-se uma prevalência de comprometimento cognitivo de 11,5%. A maior frequência de resultados compatíveis com comprometimento cognitivo foi observada: entre os idosos acima de 80 anos (OR=4,463; IC=3,160-6,304); entre os não alfabetizados (OR=3,996; IC=2,716-5,791); entre os que vivem sem companheiro (OR=1,989; IC=1,388-2,850); entre os que não praticam atividade física regular (OR=1,777; IC=1,208-2,613) e entre os que referiram acidente vascular cerebral (OR=3,635; IC=2,2135,971). Este estudo verificou que o comprometimento cognitivo está presente em uma parte relevante dos idosos residentes em territórios de Estratégia Saúde da Família urbanas de Montes Claros.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1689
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