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Título: O autismo para além de um corpo de sintomas: uma análise sobre políticas públicas de inclusão e os processos educacionais
Autor(es): Nogueira, Andréa Ruas da Cruz
Orientador(ra): Cardoso, Zilmar Santos
Rota Júnior, Cesar
Membro(s) Banca: Lélis, Úrsula Adelaide de
Negreiros, Fauston
Palavras-chave: Austismo;Políticas Públicas de Incluão;Formação de Professoras
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Ciência Política
Data do documento: 30-Mar-2021
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo principal identificar e analisar as práticas pedagógicas das professoras da educação infantil da rede municipal de Montes Claros, a partir das políticas públicas de inclusão das crianças identificadas com autismo. Partimos da premissa que o autismo está para além de um transtorno diagnóstico do neuro desenvolvimento, superando a ideia de um corpo de sintomas nosológicos, conforme o discurso hegemônico, político e científico prevalecente na atualidade acerca dessas crianças. Entendemos estes sujeitos alicerçados em uma estrutura clínica, uma forma de estar no mundo, um psiquismo marcado pelas possibilidades de constituições afetivas, sociais e educacionais e, portanto, acessível às intervenções. A pesquisa se pauta numa abordagem de cunho qualitativa, com revisão bibliográfica em autores como Foucault (1980, 2008, 2009), Dreyfus e Rabinow (2010), Mantoan (2006), Vasques (2012; 2015), Jerusalinsky (1984, 2010, 2011), Kupfer (2001,1989), Freud (2006) Lacan (1998) e outros (as). O problema que norteou este trabalho é como as políticas públicas de educação inclusiva, referentes ao autismo, vêm alicerçando as práticas pedagógicas das professoras da educação infantil da rede municipal de Monte Claros. Isto foi investigado através do estudo em literaturas especializadas, dos dispositivos normativos e por meio da análise dos dados coletados no campo dessa pesquisa, de 35 professoras da Educação Infantil de 08 Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI). A análise dos dados foi projetada pelo viés da análise de conteúdo de Bardin (2011), que possibilitou percebermos que as professoras investigadas apresentam significativas dificuldades para lidarem com os processos educacionais das crianças identificadas com autismo, bem como suas linguagens e suas relações sociais, afetivas e subjetivas. Percebeu-se também que os conhecimentos que vêm alicerçando suas práticas pedagógicas cotidianas encontram-se, na maioria das vezes, sob o domínio das ciências médicas, conforme prevê as atuais políticas públicas da educação especial. Isto acaba por confirmar o pensamento que, cada vez mais, as salas de aula vêm sendo alicerçadas por um paradigma positivista de cientificidade médica e psiquiátrica. Essa pesquisa foi de extrema importância para a formação de um conhecimento mais crítico e reflexivo da pesquisadora acerca das temáticas relacionadas. É ainda, uma forma de contribuir com outras pesquisas na área, diante um cenário educacional atual, marcado por retrocessos e perpassado pelo uso abusivo de diagnósticos e laudos nas escolas, na forma das políticas públicas educacionais de inclusão.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1759
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