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Título: Violência contra a pessoa idosa no Brasil
Autor(es): Rocha, Sara Antunes
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Maia, Luciana Colares
Membro(s) Banca: Rocha, Josiane Santos Brant
Nascimento, Jairo Evangelista
Pinho, Lucinéia de
Santos, Aline Soares Figueiredo
Palavras-chave: Idosos;Violência contra os idosos - Brasil;Idosos - Maus-tratos;Conflito de gerações;Violência familiar
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 20-Mar-2024
Resumo: A pessoa idosa apresenta-se suscetível aos atos de violência em decorrência de conflitos geracionais, com distintos valores sociais, culturais e econômicos. Este trabalho tem como objetivo analisar aspectos da violência contra pessoas idosas no Brasil motivada pelo conflito geracional. Trata-se de um estudo transversal, de caráter analítico, com dados de notificações de violência interpessoal e autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, em 2019, no Brasil. Foram realizadas análises de regressão de Poisson, com variância robusta, para estimar a Razão de Prevalência (RP) bruta e ajustada, com Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) entre violência motivada por conflito geracional e perfil sociodemográfico da vítima, tipos de violência, vínculos/parentescos com agressor, e suspeita de uso de álcool pelo agressor. Considerou-se o nível de significância 5%. Foram 23.698 notificações para violência contra pessoas de 60 a 120 anos, sendo 56,9% de casos para mulheres. Pessoas idosas com cor de pele branca apresentou-se com o maior quantitativo (50,5%) de todos os casos notificados. Em relação à situação conjugal, 43,3% das vítimas eram casadas ou possuíam união estável. Os dados evidenciaram uma menor escolaridade para 34,5% dos casos notificados (1ª a 4ª série incompleta do Ensino Fundamental). A violência física se destaca nos achados deste estudo, acometendo 55,6 % das vítimas idosas, seguida da negligência (28,0%) e violência psicológica (27,2%). Em relação ao vínculo do agressor com a vítima, grande parte dos casos de violência é cometida pelos filhos (38,0%). A suspeita de uso de álcool pelo agressor se deu em 34,9% dos casos e a maioria (61,4%) dos agressores se encontra com idade entre 20 a 59 anos. O conflito geracional motivou o ato de violência para 3.884 pessoas idosas, representando 24,3% dos casos registrados, seguido do sexismo 9,3% (n = 1.243) e situação de rua 3,1% (n = 408). Na análise da violência motivada por conflito geracional constatou-se menor prevalência para vítimas com escolaridade de nível médio (RP = 0,967) quando comparadas às com ensino fundamental completo ou não; e menor prevalência para agressores adultos (RP = 0,847) e agressores idosos (RP = 0,900) comparados aos com até 19 anos. Ela foi associada à violência física (RP = 1,069), psicológica (RP = 1,066) e financeira (RP = 1,064), p < 0,05. Observou se, também, associação com os agressores filhos (RP = 1,089) e com suspeita de uso de álcool (RP = 1,055). Diferentes formas de agressão foram perpetradas contra pessoas idosas, como física, psicológica e financeira. Destaca-se o alto número de notificações de violência por conflito geracional sendo associado às vítimas com menor escolaridade, aos agressores com até 19 anos, aos filhos e aos suspeitos de uso de álcool. Ressalta-se que além da produção científica, houve produção técnica sobre a temática violência, tais como palestras, organização de eventos, atividades de capacitação, minicursos e Pitch educativo acerca dos direitos da pessoa idosa.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1850
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