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Título: Análise da assistência odontológica prestada à pessoa com deficiência na Atenção Primária à Saúde, sob a perspectiva de cirurgiões-dentistas
Autor(es): Siqueira, Amanda Nayara Silva
Orientador(ra): Silva, Rosângela Ramos Veloso
Santos, Aline Soares Figueiredo
Membro(s) Banca: Popoff, Daniela Araújo Veloso
Guimarães, Mirna Rodrigues Costa
Dias, Verônica Oliveira
Mendes, Patrícia Helena Costa
Palavras-chave: Pessoas com deficiência - Assistência odontológica;Cirurgiões-dentistas e pacientes;Cuidados primários de saúde;Serviços ao cliente - Avaliação;Equipe de saúde bucal;Cirurgiões-dentistas - Entrevistas
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 7-Mar-2024
Resumo: A pessoa com deficiência (PcD) faz parte de um grupo de pessoas que pode apresentar maiores complicações bucais, com isso a equipe de Saúde Bucal (eSB) tem papel fundamental na lógica da integralidade e da humanização, no que se refere ao cuidado odontológico a essa população. A eSB precisa atender esse usuário, realizando o acolhimento, a anamnese, a assistência às queixas, a solicitação de exames complementares, o acompanhamento da evolução de cada caso e, quando for necessário, realizar o encaminhamento aos outros níveis da Rede de Atenção à Saúde. Porém, muitos profissionais ainda apresentam insegurança e incapacidade para lidar com a complexidade de uma PcD. Nesse sentido, esta dissertação teve como objetivo analisar a assistência odontológica prestada à PcD na Atenção Primária à Saúde (APS), em um município de porte médio, no norte de Minas Gerais - Brasil, sob a perspectiva dos cirurgiões-dentistas. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, transversal e analítico. A população-alvo foi composta por 145 cirurgiões-dentistas, atuantes na APS do município. Foi utilizado um questionário semiestruturado que contemplou características sociodemográficas e econômicas, o perfil ocupacional e a formação acadêmica, com questões elaboradas pelas pesquisadoras. A assistência odontológica à PcD foi investigada por meio de questões baseadas em estudos prévios (variáveis independentes) e a variável desfecho “Atributo coordenação - integração de cuidado”, foi avaliada pelo bloco C do instrumento validado Pcatool, versão para profissionais cirurgiões-dentistas. Para interpretação dos dados foram obtidas distribuições absolutas e análises descritivas uni e bivariadas e as medidas estatísticas: média, desvio padrão, coeficiente de variação, valor mínimo e valor máximo (técnicas de estatística descritiva) e utilizados os testes Qui-quadrado de Pearson ou o Teste Exato de Fisher (métodos analíticos). O nível de significância adotado correspondeu a 5,0%. Os resultados mostraram que os cirurgiões-dentistas investigados atendiam PcD, o acolhimento realizado foi considerado como muito bom, realizavam visitas domiciliares e desenvolviam relações de vínculo e responsabilização com a PcD. Além disso, realizavam o exame clínico e o tratamento odontológico quando possível e, quando havia a necessidade, realizavam o encaminhamento para outro nível de atenção à saúde. Foi identificado que o cirurgião-dentista com até cinco anos de atuação na APS avaliou melhor a qualidade do acolhimento da sua equipe, quando comparado àqueles com mais tempo de atuação. Esse mesmo grupo também percebeu a necessidade de capacitar melhor a eSB para o atendimento a PcD. Quanto à coordenação do cuidado à PcD, o atributo coordenação/integração do cuidado na APS, nesse estudo, apresentou baixo escore demonstrando uma avaliação insatisfatória do atributo investigado. Observou-se que as eSBs com o atributo da coordenação/ integração do cuidado na APS considerado satisfatório tiveram associação significativa com as melhores avaliações dos serviços de resolutividade do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) para o atendimento à PcD (p=0,047), com a avaliação da contrarreferência do atendimento do CEO realizado com a PcD (p=0,026), com o conhecimento da referência clínica da PcD para o atendimento em nível hospitalar (p=0,014), com a percepção de resolutividade do nível hospitalar para o atendimento à PcD (p=0,011), com o conhecimento do fluxo atual de encaminhamento da PcD para o atendimento em nível hospitalar (p=0,040) e com a avaliação da contrarreferência do atendimento do nível hospitalar, realizado com a PcD (p=0,008). Conclui-se que a maioria dos cirurgiões-dentistas entrevistados nessa pesquisa relatou realizar a assistência odontológica à PcD, mas entre aqueles profissionais com menos tempo de atuação na APS, verificou-se uma melhor avaliação da qualidade do acolhimento realizado pela eSB e a percepção da necessidade de capacitar melhor a equipe para o atendimento à PcD, quando comparado àqueles com mais tempo de atuação na APS. Quanto à coordenação/integração do cuidado na APS, houve fragilidades do serviço ofertado pela eSB à PcD, mas os cirurgiões-dentistas afirmam realizar o cuidado odontológico na APS e consideram ter uma boa articulação e comunicação com os outros níveis de atenção à saúde bucal à PcD. Espera-se que esses dados possam subsidiar estratégias públicas para auxiliar gestores na qualificação da assistência odontológica à PcD no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando assim o reordenamento da rede.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1851
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