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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1869
Título: | Consumo de alimentos ultraprocessados por gestantes assistidas na Atenção Primária à Saúde de um município no norte de Minas Gerais, Brasil |
Autor(es): | Rodrigues, Carolina Amaral Oliveira |
Orientador(ra): | Pinho, Lucinéia de Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo Silva, Rosângela Ramos Veloso |
Membro(s) Banca: | Haikal, Desirée Sant Ana Martins, Tatiana Carvalho Reis Caldeira, Antônio Prates Lessa, Angelina do Carmo |
Palavras-chave: | Grávidas;Gravidez - Aspectos nutricionais;Alimentos - Consumo;Alimentos ultraprocessados;Hábitos alimentares;Cuidados primários de saúde |
Área: | Ciencias Biologicas |
Subárea: | Saude Coletiva |
Data do documento: | 6-Jun-2023 |
Resumo: | A gestação é uma fase que requer cuidados especiais, que inclui a alimentação, visto que o estado nutricional da gestante pode influenciar o desfecho da gravidez, do parto e do pós parto. Todavia, a dieta da população mundial, inclusive deste grupo de mulheres, vem sofrendo grandes modificações, com a redução do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, e o aumento da ingestão dos alimentos ultraprocessados. Considerando que os padrões alimentares da gestante constituem um importante objeto de estudo da epidemiologia, no sentido de promover a saúde materno-infantil, este trabalho buscou analisar o consumo de alimentos ultraprocessados por gestantes assistidas por equipes da Atenção Primária à Saúde em um município no norte de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de estudo epidemiológico, de base populacional, transversal analítico. A coleta de dados aconteceu entre os anos de 2018 e 2019, e contou com a participação de 1.279 gestantes cadastradas nas equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Montes Claros. Os itens de consumo alimentar, coletados por meio do Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFA), foram organizados de acordo com a classificação NOVA, que considera a extensão e o propósito do processamento industrial dos alimentos. O primeiro manuscrito da dissertação analisou o consumo de alimentos ultraprocessados (em quilocalorias) e sua associação com imagem corporal, estado nutricional e atividade física das entrevistadas. Evidenciou que o consumo calórico proveniente dos ultraprocessados representou 32,0% da dieta diária das gestantes, estando associado à atividade física (β=-0,08; p<0,01), estado nutricional pré-gestacional (β=-0,12; p<0,01) e imagem corporal (β=0,08; p=0,01). O segundo manuscrito analisou o consumo dos ultraprocessados (em escore de consumo) e sua associação com características sociodemográficas, clínicas e nutricionais das gestantes. Verificou-se que a prevalência de alto consumo (escores ≥ 5) dos ultraprocessados foi de 78,3%. Houve associação desse consumo com as seguintes características: estar entre as faixas etárias de até 20 anos (RP=1,26; p<0,001) e de 21 a 30 anos (RP=1,14; p=0,001), ter renda superior a 1 salário mínimo (RP=0,89; p= 0,005); não ter hipertensão arterial (RP= 1,40; p=0,024), nem diabetes mellitus (RP=1,32; p=0,009), e apresentar sintomas depressivos (RP=1,06; p=0,050); não ter feito dieta durante a gestação (RP=1,33; p=0,001) e realizar menos de 3 refeições diárias (RP=1,14; p=0,029). O terceiro estudo objetivou relatar a experiência acerca da operacionalização, construção e divulgação do Podcast Saber para Nascer.cast, produto técnico desenvolvido nesta dissertação, como ferramenta educativa de promoção à saúde de gestantes e puérperas. O Podcast, lançado na plataforma do Spotify no 11 ano de 2022, contemplou onze episódios, com duração média de 30 minutos. Os episódios contaram com a participação de convidados (docentes, profissionais de saúde e gestante) para esclarecer pontos importantes a respeito de diversas temáticas abordadas sobre o período gravídico-puerperal. Através desse estudo foi observada elevada prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados pelas gestantes de um município no norte de Minas Gerais. Os aspectos sociodemográficos, clínicos, nutricionais e de hábitos de vida como ter renda familiar maior do que um salário mínimo, ser mais jovem, apresentar menor nível de atividade física, imagem corporal negativa, estado nutricional pré-gestacional elevado, ter sintomas depressivos, não ter hipertensão arterial e diabetes mellitus, não ter feito dietas na gestação e realizar menos de três refeições diárias, foram associados ao consumo de ultraprocessados. Nessa perspectiva verifica-se a importância dos profissionais de saúde desenvolverem ações educativas, a exemplo do Podcast Saber para Nascer.cast, com o objetivo de proporcionar às gestantes maiores orientações e esclarecimentos sobre os diferentes temas que permeiam o período gravídico-puerperal, dentre eles o cuidado com os hábitos alimentares. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1869 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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