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Título: Doença de Chagas : implante de marcapasso, manejo por médicos da Atenção Primária à Saúde e produções de um coorte
Autor(es): Leite, Sâmara Fernandes
Orientador(ra): Haikal, Desirée Sant’Ana
Ferreira, Ariela Mota
Membro(s) Banca: Carvalho, Silvio Fernando Guimarães de
Baldoni, Nayara Ragi
Paula, Alfredo Mauricio Batista de
Damasceno, Renata Fiuza
Palavras-chave: Doença de Chagas;Atenção Primária à Saúde;Marcapasso artificial;Cardiopatia chagásica – Mortalidade - Sobrevida
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 19-Set-2023
Resumo: A doença de Chagas (DC) é uma doença tropical de populações negligenciadas, endêmica na América Latina, incluindo o Brasil. Esta dissertação se propõe a discutir questões relativas a DC, com três diferentes estudos. 1) O primeiro estudo teve como objetivos: 1.Identificar fatores de contexto associados a implantação de marcapasso (MP) (grupo caso vs. controle) entre portadores de cardiopatia chagásica crônica. 2. Avaliar o prognóstico (óbito) desses grupos, em 04 anos de seguimento. Conduziu-se um estudo caso-controle aninhado a estudo de coorte, e foram conduzidas Regressão Logística e posteriormente, análise de sobrevida (Regressão de Cox) entre os dois grupos. Os casos foram os que implantaram MP e os controles os que não implantaram (pareamento 1:3). Na sobrevida, o óbito foi o desfecho. Resultados: Participaram do estudo 46 casos e 138 controles. A chance de implantação do MP foi maior entre indivíduos que residiam em municípios com maior população (OR = 3,6; IC 95% = 1,3 – 9,6), entre os que residiam em municípios com maior cobertura de ESF (OR = 5,3; IC-95% = 1,8-15,8), sendo essa variável que ficou mais fortemente associada ao desfecho, entre aqueles que residiam em municípios com menor número de eletrocardiógrafos existentes no SUS / 1000 habitantes (OR = 2,6; IC-95% = 1,0 -6,6). Considerando 04 anos de seguimento, observou-se o óbito de 15 (32,6%) casos e 24 (21,2%) controles. A análise de sobrevida demonstrou que apenas a fração de ejeção (RR= 7.2- IC-95%: 3.6-14.2), afetou significativamente a sobrevida. O MP não se manteve associado ao desfecho. 2) O segundo estudo objetivou investigar o sentimento de insegurança de médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) no manejo da DC crônica e identificar fatores associados. Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado com médicos da APS de 23 municípios endêmicos para DC de Minas Gerais. Conduziu-se Regressão Logística Binária. Participaram do estudo 136 médicos. Dentre eles, 53,7% eram do sexo feminino, 56% apresentaram sentimento de insegurança e 34,6% não conheciam o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para DC (PCDT). Houve maior insegurança entre profissionais do sexo feminino (OR = 2,245) e entre aqueles que não conheciam o PCDT (OR = 3,070). 3) O terceiro estudo foi uma revisão narrativa que objetivou reunir as produções e conhecimentos gerados sobre DC de uma coorte brasileira (SaMi-Trop). Foram identificados 18 estudos, sendo 17 publicados em inglês, em periódicos com fator de impacto variando de 1,3 a 4,7. Nos delineamentos, identificaram-se três estudos de apresentação do perfil da coorte, seis estudos epidemiológicos convencionais, um estudo epidemiológico de abordagem multinível, cinco estudos de epidemiologia molecular, um estudo de abordagem qualitativa e dois estudos usando inteligência artificial. Dentre as temáticas, há fatores associados ao tratamento antiparasitário, à qualidade de vida, ao prognóstico e a sobrevida, criação de escore de risco e modelos de inteligência artificial para prever mortalidade, identificação de novos biomarcadores, associação entre alterações cardíacas e biomarcadores, além dos desafios para a assistência à DC na APS. Conclusão: O contexto dos indivíduos com DC exerce influência na implantação do MP, e ter ou não MP não interferiu na sobrevida desses. O manejo clinico dos portadores de DC é permeado pelo sentimento de insegurança dos profissionais médicos das regiões endêmicas para DC. Por fim, a coorte SaMi-Trop tem contribuído com a produção de conhecimento científico relevante quanto ao diagnóstico, tratamento e progressão da DC.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1882
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