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Título: Bioprospecção de plantas do cerrado Norte-Mineiro: uma abordagem química, toxicológica e cicatricial da Arnica Brasileira Pseudobrickellia Brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H. Rob
Autor(es): Guimarães, Victor Hugo Dantas
Orientador(ra): Santos, Sérgio Henrique Sousa
Membro(s) Banca: Paula, Alfredo Maurício Batista de
Andrade, João Marcus Oliveira
Silvério, Flaviano Oliveira
Rangel, Ellen Tanus
Arrudas, Sonia Ribeiro
Palavras-chave: Arnica;Plantas medicinais - Cultura popular;Fitoconstituintes;Toxicologia;Cicatrização de ferimentos;Plantas dos cerrados - Minas Gerais
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 24-Nov-2023
Resumo: A Pseudobrickellia brasiliensis, compreende uma importante espécie do Cerrado, difundida tradicionalmente como “arnica-do-campo”. Apesar de ser amplamente difundida na cultura popular como anti-inflamatório, analgésico e antimicrobiano, poucos estudos têm sido realizados para investigar a composição química da espécie, bem como validem seu uso biológico sobre a cicatrização de forma segura. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo realizar a bioprospecção de plantas do Cerrado Norte-Mineiro por meio de uma abordagem química, toxicológica e cicatricial da arnica Brasileira P. brasiliensis. No primeiro produto, foi desenvolvida uma cartilha sobre as espécies Nativas da Bacia do Rio Pandeiros, destacando-se uma nova abordagem do uso das espécies levantadas sobre o metabolismo, bem como da bioprospecção fitoquímica. O segundo produto, constitui o pitch gerado acerca da sensibilização realizada como devolutiva para a população de Bonito de Minas acerca dos potenciais das plantas nativas Bacia do Rio Pandeiros. No terceiro produto, foi realizado a bioprospecção fitoquímica das diferentes partes vegetativas P. brasiliensis coletadas no município de Coração de Jesus, MG, Brasil. A presença das classes triterpernos, flavonoides, taninos e saponinas foram verificadas, destacando-se os flavonoides distribuídos igualmente entre folhas, caule e folhas. A quantificação dos teores fenólicos (37,00±2,45 mgEAG g-1 ) e flavonoides (33,39±0,21 mgEQ g-1 e 74,91±0,50 mgER g -1 ) foram pronunciados nas folhas, bem como a atividade antioxidante (IC50: 98,97±0,97 µg mL-1 ). A análise da CG-EM apontou majoritariamente a presença de sesquiterpenos para o óleo essencial das folhas, destacado pelo α candinol. No quarto produto, a toxicologia do preparo popular de P. brasiliensis foi investigada por meio dos protocolos da Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) guideline nº 402 e 404 (tópico agudo), 423 (oral agudo) e 408 (subagudo) em camundongos Swiss. Como resultado, foi observado o uso seguro da administração tópica nível GSH 5 (baixa toxicidade) e não irritante. Em relação a administração oral-aguda, apresentou DL50 >5000 mg kg-1 , baixa toxicidade. Contudo, toxicidade em diferentes órgãos foram verificados, sendo acentuados com a administração subaguda (300 e 500 mg kg-1 ) para ambos os sexos, desaconselhando o uso oral pela população. A toxicidade in silico para compostos isolados da espécie indicaram baixo pontecial toxicológico. No quinto produto, foi investigado o efeito cicatricial da pomada contendo extrato etanólico das folhas da P. brasiliensis sobre modelo de feridas exicionais em camundongos machos C57BL/6 durante 14 dias. Das doses testadas (5-30%), a dose efetiva a 50% foi 14,15%, que nos levou a investigar os mecanismos da melhor dose. Os resultados demontraram uma redução acentuada da área da ferida com 3 e 7 dias, quando comparados ao controle negativo e com a pomada comercial Kollagenase®+cloranfenicol. Os mecanismos envolvidos foram acessados por meio de análises histopatológica em H&E que demonstrando aumento de neovasculariazação e reepiteloização, somados a diminuição da inflamação com a regulação da população de mastócitos evidenciados pelo corante azul toluidina. Diante desses resultados, foi gerado o sexto produto, reivindicação de patente sobre o uso da pomada de P. brasiliensis sobre feridas cutâneas. Assim, concluímos e valiadamos o uso seguro e efetivo da P. brasiliensis.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1883
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