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Título: Doença de Chagas em Minas Gerais: internações por AVC, manejo clínico na atenção primária a saúde e medo da COVID-19 entre portadores
Autor(es): Santos, Ana Clara de Jesus
Orientador(ra): Haikal, Desirée Sant’Ana
Ferreira, Ariela Mota
Membro(s) Banca: Nunes, Maria do Carmo Pereira
Souza, Suzane Ariadina de
Damasceno, Renata Fiúza
Palavras-chave: Chagas, Doença de - Minas Gerais;Acidente vascular cerebral;Sistemas de informação hospitalar - Minas Gerais;Cuidados primários de saúde;COVID-19, Pandemia de, 2020-;Doenças endêmicas;Gerenciamento clínico
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 17-Mai-2024
Resumo: A doença de Chagas (DC) é considerada uma das principais doenças tropicais negligenciadas que ainda hoje aflige muitos países da América Latina, incluindo o Brasil. Minas Gerais (MG) é considerado estado endêmico para DC, com destaque para as regiões Norte e Vale do Jequitinhonha. Esta dissertação apresenta três diferentes estudos acerca da DC no âmbito do estado de MG. Estudo 1: objetivou-se avaliar a incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em hospitalizações do estado e suas macrorregiões, e sua relação com DC. Estudo analítico dos registros do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH-SUS) de MG, 2022. A seleção dos dados foi baseada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), na qual o AVC foi registrado como causa primária e a DC/sentinela como causa secundária. Taxas de internações por AVC foram estimadas e foi conduzida análise de correlação com o Índice de Vulnerabilidade da DC (IVDC). Foram registradas 25.823 internações por AVC como causa primária em MG, e dessas, 18 apresentaram registro de DC/sentinelas como causa secundária. Observou-se alta incidência de AVC em MG, principalmente nas regiões Vale do Jequitinhonha e Norte do estado, locais com alto IVDC embora sem significância estatística. Os dados sugerem subnotificação dos registros de DC. Estudo 2: objetivou-se descrever o manejo clínico da DC por médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) de região endêmica. Trate-se de um websurvey. Conduziram-se análises descritivas e bivariadas considerando o tempo de conclusão da graduação. Participaram 136 médicos de 23 municípios. A maioria mencionou conhecer o Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) da DC, mas não prescreveu o benzonidazol e sente insegurança no manejo do paciente. Somente o conhecimento sobre a DC adquirido na graduação foi associado ao tempo de conclusão da graduação. Importantes obstáculos persistem no manejo médico ao paciente com DC na APS de regiões endêmicas de MG. Estudo 3: objetivou-se conhecer a prevalência e os fatores associados ao medo da COVID-19 durante a pandemia entre portadores da DC. Estudo transversal conduzido com 460 portadores de DC. A variável dependente foi proveniente da Escala de Medo da COVID-19 (pouco medo vs moderado/muito medo). As variáveis independentes foram características sociodemográficas, hábitos de vida, história clínica e isolamento social. Foi conduzida Regressão Logística Binária múltipla. Observou-se que 45,7%apresentaram “Moderado/Muito medo” da COVID-19 e este foi maior entre indivíduos do sexo feminino, que moravam em casa/apartamento, não praticavam atividade física, que apresentavam autopercepção negativa da saúde, tiveram a profissão afetada pelo isolamento social e que receberam auxílio emergencial do governo durante a pandemia. Conclusão: A DC permanece negligenciada tanto nos serviços hospitalares quanto na APS e continua sendo um desafio na assistência, causando insegurança nos médicos e pacientes.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1889
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