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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1915
Título: | Condições de vida, trabalho e saúde de professores da educação básica de Montes Claros e Minas Gerais |
Autor(es): | Barbosa, Rose Elizabeth Cabral |
Orientador(ra): | Haikal, Desirée Sant’Ana Assunção, Ada Ávila |
Membro(s) Banca: | Sampaio, Cristina Andrade Silva, Rosângela Ramos Veloso Medeiros, Adriane Mesquita de Alcantara, Marcus Alessandro de Monteiro Júnior, Renato Sobral Azevedo, Danielle Sandra da Silva de |
Palavras-chave: | Professores - Saúde;Professores - Aspectos sociais;Qualidade de vida no trabalho - Escolas públicas;Trabalhadores - Saúde - Diagnóstico;Inquéritos epidemiológicos |
Área: | Ciencias da Saude |
Subárea: | Saude Coletiva |
Data do documento: | 8-Mar-2024 |
Resumo: | Professores constituem uma categoria profissional vulnerável ao adoecimento relacionado ao trabalho. O objetivo desta tese foi analisar as condições de vida, trabalho e saúde de professoras e professores da educação básica de escolas estaduais de Minas Gerais. A trajetória do curso de Doutorado acompanhou a evolução de uma proposta de pesquisa que teve início em 2016, com o projeto ‘Condições crônicas de saúde e fatores associados entre professores da rede pública: estudo de base populacional’ (ProfSMoc), um inquérito epidemiológico transversal que focalizou uma amostra de 745 professores em atividade na educação básica de escolas estaduais de Montes Claros. Em 2020, outro projeto denominado ‘Condições de saúde e trabalho dos professores da educação básica da rede estadual de ensino de Minas Gerais na pandemia’ (ProfSMoc – Etapa Minas Covid), um inquérito epidemiológico transversal do tipo websurvey, obteve a participação de 15.641 professores. Em 2021, quando foram retomadas as atividades presenciais de ensino, teve início o projeto ‘Condições de saúde e trabalho de professores da educação básica do estado de Minas Gerais: estudo de coorte’ (ProfSMinas), um inquérito epidemiológico longitudinal do tipo websurvey que obteve a participação de 1.907 professores de escolas estaduais. A partir dos dados coletados nos três projetos, foram alcançados seis produtos científicos no âmbito deste curso: cinco artigos e um livro eletrônico. O primeiro artigo analisou dados do ProfSMoc e teve por objetivo estimar a prevalência e os fatores associados à autoavaliação negativa de saúde. A prevalência foi de 32,9% (IC95%=28,8-37,4) e mostrou-se associada à superlotação das turmas, insatisfação com o trabalho, sedentarismo, obesidade, doenças crônicas e queixas vocais. Três estudos analisaram dados do ProfSMoc – Etapa Minas Covid. O primeiro deles – segundo artigo no geral –, teve como objetivo investigar fatores associados à ocorrência de infecção e internação por Covid-19. A prevalência de infecção foi de 1,2% (IC95%=1,0-1,4); maior entre as mulheres, aqueles com maior renda e plano privado de saúde, os que não haviam recebido informações suficientes sobre a doença, obesos e aqueles com amigos ou familiares tendo desenvolvido sintomas graves da Covid-19. Entre os infectados, 6,5% (IC95%=6,1-6,9) foram internados e houve maior prevalência entre grupos de risco. O segundo artigo desta série – terceiro no geral – teve como objetivo investigar o surgimento de dores nas costas em consequência de alterações nas atividades habituais devido à pandemia. A prevalência foi de 57,7% (IC95%=56,9-58,5) e manteve-se associada à sobrecarga de trabalho, dificuldades no trabalho remoto, comportamentos menos saudáveis, piores situações de saúde física e emocional. O terceiro e último artigo desta série – quarto, considerando este e o projeto anterior – teve o objetivo de analisar possíveis diferenças nas condições de vida e saúde das professoras principais provedoras financeiras do domicílio durante a pandemia, quando comparadas às coprovedoras. Entre as 12.817 participantes, 47,2% (IC95%=46,3-48,1) declararam-se principais provedoras e, em comparação às coprovedoras, eram mais velhas, viviam sem companheiro, tinham filhos e apresentavam pior condição socioeconômica, maior acúmulo de trabalho e comportamentos menos saudáveis. O quinto artigo analisou dados do ProfSMinas e objetivou estimar a prevalência de transtornos mentais comuns e os fatores associados. A prevalência foi de 35,9% (IC95%=33,8-38,1) e manteve-se associada ao vínculo efetivo de emprego, exposição a estressores ocupacionais, suspeita de distúrbios vocais, insuficiência de atividade física e uso excessivo de smartphone. O sexto produto, um livro eletrônico, é o relatório técnico que apresentou os principais resultados da primeira fase de coleta de dados do ProfSMinas. Em geral, os resultados constituem um conjunto de evidências empíricas que revelam o adoecimento de professores e, ainda, demonstram que as relações que se estabelecem com aspectos do ambiente, do tempo e do espaço escolar podem afetar a experiência vivenciada no trabalho e as condições de vida e saúde desses profissionais. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1915 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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