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Título: Sintomas de ansiedade e depressão e fatores associados em agentes comunitários da saúde de Montes Claros - Minas Gerais
Autor(es): Barbosa, Mariane Silveira Barbosa
Orientador(ra): Rossi-Barbosa, Luiza Augusta Rosa
Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo
Membro(s) Banca: Cheniaux Júnior, Elie
Rocha, Josiane Santos Brant
Silveira, Aparecida Rosangela
Costa, Fernanda Marques da
Palavras-chave: Agente comunitário da saúde;Saúde do trabalhador;Ansiedade;Depressão;Atenção Primária à Saúde
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 30-Jun-2022
Resumo: Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) possuem papel importante para o atendimento à população e o desempenho do trabalho em equipe. Esses profissionais podem apresentar problemas de saúde mental, tendo em vista a complexidade de funções e situações a que são expostos na área de atuação. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a prevalência de sintomas ansiosos e depressivos e os fatores associados em ACS de Montes Claros, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, censitário, quantitativo e analítico. A amostra foi composta por 673 ACS, e a coleta de dados foi realizada no período entre agosto e outubro de 2018. Utilizou-se um questionário com as condições sociodemográficas, econômicas, ocupacionais, comportamentais e de saúde mental. Os sintomas de ansiedade foram avaliados por meio do Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE-Traço e IDATE-Estado), e os sintomas depressivos pelo Patient Health Questionnaire – 9 (PHQ-9). Foram adotadas diferentes análises: descritivas e regressão de Poisson para estimar a magnitude das associações por meio da razão de prevalência (RP), Modelo de Regressão Logística Multinomial para estimar as razões de chances (OR). Foram considerados os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), permanecendo as variáveis que apresentaram significância de até 5% (p<0,05). Participaram do estudo 673 ACS, a prevalência dos sintomas de ansiedade no IDATE-estado foi de 47,3% (n=318) e no IDATE-traço, 42,1% (n=283). O tempo de trabalho acima de cinco anos esteve associado ao IDATE-estado (RP:1,16; IC:1,10-1,22) e ao IDATE-traço (RP:1,07; IC:1,01-1,12), o sexo feminino ficou associado ao IDATE-traço (RP:1,10; IC:1,02-1,18). A prevalência de sintomas depressivos foi de 19,0% (n=128), associada ao sexo feminino (RP:1,09; IC:1,03-1,05), ao tempo de trabalho como ACS acima de 6 anos (RP:1,12; IC:1,06-1,17), à insatisfação no trabalho (RP:1,13; IC:1,07-1,19) e à variável ser religioso (RP:0,90; IC:0,84-0,97) como fator de proteção. Verificou-se que 14,0% (n=94) apresentaram sintomas de ansiedade e depressão concomitantemente. Estiveram associadas as variáveis faixa etária de 30 anos ou mais (OR:0,30; IC:0,14-0,66), tempo de trabalho acima de seis anos (OR:4,17; IC:2,11-8,21), dormir mal (OR:4,84; IC:1,77-13,18), incapacidade de lidar com o estresse no dia a dia (OR:4,06; IC:2,22-7,42), autoestima insatisfatória (OR:5,67; IC:2,84- 11,33), síndrome de Burnout (OR:5,00; IC:2,60-9,64) e estresse traumático (OR:3,59; IC:1,81-7,11). Observou-se elevada prevalência de sintomas de ansiedade e depressão, e o tempo de trabalho foi um forte preditor. Há necessidade de estratégias que intentem a promoção, a prevenção e o monitoramento da saúde dos ACS, a fim de diminuir a prevalência de tais problemas entre esses trabalhadores.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1927
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