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Título: Os serviços de saúde bucal do Sistema Único de Saúde durante a pandemia da Covid 19
Autor(es): Rodrigues, Quíria França
Orientador(ra): Martelli, Daniella Reis Barbosa
Dias, Verônica Oliveira
Membro(s) Banca: Andrade, Rodrigo Soares de
Martelli Júnior, Hercílio
Barros, Letizia Monteiro de
Costa, Simone de Melo
Palavras-chave: Covid-19;Saúde bucal;Sistema Único de Saúde (SUS)
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 22-Out-2021
Resumo: A Organização Mundial da Saúde declarou em março de 2020 a pandemia pela doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, a COVID-19. Trata-se de uma patologia viral que pode gerar uma síndrome respiratória aguda grave, cuja principal via de transmissão é a aérea através de gotículas respiratórias. Devido ao contato contínuo com fluidos contaminantes, o atendimento odontológico apresenta considerável risco de infecção cruzada. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde recomendou que os procedimentos odontológicos eletivos fossem adiados em todos os países onde a COVID-19 estava presente até o fim da fase aguda da pandemia. No Brasil, a assistência odontológica pública é garantida através do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo deste estudo foi descrever os serviços de saúde bucal do SUS, na macrorregião norte de Minas Gerais, durante a pandemia pela COVID-19. O desenho do estudo foi observacional, transversal e analítico. O público alvo foram os municípios que compõem a macrorregião norte de Minas Gerais representados pelos gestores de saúde bucal e os cirurgiões-dentistas (CDs) atuantes nos serviços de saúde bucal do SUS. Os dados foram coletados entre agosto e outubro de 2020 através de questionário online, relatório do 14º Boletim Especial da COVID-19 da macrorregião Norte de Minas Gerais (SES/MG, 2020) e dados populacionais de domínio público através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020). A análise dos dados ocorreu por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences for Windows® (SPSS) versão 24.0. Para análises estatísticas utilizou-se frequência, percentuais, média e desvio padrão. A análise bivariada foi realizada com o teste qui-quadrado de Pearson considerando como significante o nível de 5%. Participaram deste estudo 64 (74,4%) municípios da macrorregião norte de Minas Gerais sendo que a maioria (61,9%) estava abaixo da média de prevalência da COVID-19 calculada para amostra de estudo (Média = 0.0058; Dp: 0.0049) no momento da pesquisa. Os procedimentos eletivos odontológicos foram suspensos em todos os municípios com a manutenção dos atendimentos de urgência e emergência durante a fase aguda da pandemia na atenção primária, secundária e terciária. Houve escassez de equipamentos de proteção individual (EPI) no início da pandemia em 62,5% dos municípios. Participaram deste estudo 292 CDs cuja parte majoritária atuava na atenção primária (86%) de forma presencial (78,1%) e sentia-se preparada para aplicar as medidas de biossegurança nos atendimentos odontológicos (55,8%). Foi observada a realização de ações de enfrentamento à pandemia pelos CDs sendo as mais frequentes a teleorientação (66,8%) e o telemonitoramento (59,2%). A maioria dos CDs relatou não ter contraído a COVID-19 (86,6%). Foi observada associação entre os profissionais que referiram contaminação e a ocorrência de escassez/falta de EPI (p=0,02). A pandemia da COVID-19 impactou a oferta do serviço odontológico público na macrorregião norte de Minas Gerais devido à suspensão dos atendimentos eletivos odontológicos e à falta/escassez de EPI. Esse contexto oportunizou ao CD a expandir sua atuação com ações de telemonitoramento e teleorientação de forma multidisciplinar. Além disso, este profissional mostrou-se preparado para manter a biossegurança durante o atendimento clínico apesar da ocorrência de contaminação pela COVID-19.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1935
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