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Título: Prevalência dos achados ultrassonográficos sugestivo de doença hepática gordurosa não alcóolica em jovens da graduação médica
Autor(es): Mota, Cristiane Turano
Orientador(ra): Santos, Luís Antônio Nogueira dos
Membro(s) Banca: Borges, Michelle Aparecida Ribeiro
Caldeira, Antônio Prates
Rodrigues Neto, João Felício
Sampaio, Cristina Andrade
Palavras-chave: Fígado - Gordura;Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA);Ultrassonografia;Índice de Massa Corporal - IMC
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2014
Resumo: Pesquisas a respeito da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) tem sido progressivamente realizadas, fato que decorre do preocupante crescimento de sua prevalência mundial e de seu potencial de evolução para formas crônicas mais graves, como a fibrose e cirrose e, consequentemente, falência hepática. Esta pesquisa analisou a prevalência dos achados ultrassonográficos sugestivos de DHGNA em jovens do curso médico de uma instituição privada de ensino superior da cidade de Montes Claros, MG, estabelecendo uma associação entre esses achados e dados antropométricos e laboratoriais dos sujeitos estudados, considerando que esta é uma população potencialmente exposta a fatores de risco relacionados à doença, como hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, já que exercem uma atividade laboral de longa duração. A população foi composta por 148 jovens, com idade ≥ 18 e < 40 anos, submetidos a avaliação ultrassonográfica (US), antropométrica e laboratorial. A avaliação antropométrica baseou-se no cálculo do índice de massa corporal (IMC) e a laboratorial foi feita através da análise do perfil lipídico (triglicérides, colesterol total e lipoproteínas de baixa e alta densidade - HDL e LDL respectivament) e de marcadores enzimáticos hepáticos (transaminases glutâmicas pirúvica e oxalacética – TGP e TGO, também chamadas de alanina transaminase e aspartato transaminase – ALT e AST, além da ferritina). Foi encontrada uma prevalência de 10,1% de achados ultrassonográficos sugestivos da doença na população avaliada e de 27,2% de sobrepeso/obesidade, este grupo representado por IMC ≥ 25kg/m2 . Verificou-se associação entre sobrepeso/obesidade e DHGNA, com odds ratio (OR) de 3,6 (IC95%: 1,2 -10,6), sendo a diferença estatisticamente significativa (p=0,016) entre o grupo com US alterada e IMC ≥ 25 e aquele com IMC normal e US sugestiva de doença. Foram ainda encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as médias de IMC, considerando gênero, faixa etária e US sugestiva de doença, com média de IMC de 25,1 kg/m2 no sexo masculino (p = 0,000), de 25kg/m2 naqueles com idade acima de 25 anos (p = 0,001) e de 25,2Kg/m2 no grupo com US alterada (p = 0,011). A dislipidemia foi detectada em 42,6% dos alunos, sendo 16,9% atribuídos a hipertrigliceridemia, 16,2% a baixos níveis de HDL e 11,5% ao aumento dos níveis de LDL. Constatou-se associação entre os marcadores laboratoriais de perfil lipídico (colesterol total, HDL e triglicérides) e US sugestiva de doença, com OR 2,3 (IC95%: 0,7-8,1) para colesterol total, OR 2,0 (IC95%: 0,6-7,1) para HDL e OR 2,8 (IC 95%: 0,9-9,1) para triglicérides, sendo que apenas esta última se aproximou da significância estatística (p = 0,073). Quanto aos marcadores laboratoriais hepáticos, 50% dos alunos com níveis alterados de TGP apresentaram US sugestiva de DHGNA, comparativamente a 9,6% que exibiram níveis normais do marcador e US alterado, constatando-se associação entre as variáveis, embora sem significância estatística, já que o intervalo de confiança foi muito amplo (IC95%:0,6 -159,1), o que pode ser atribuído a pequena amostra desse grupo, limitando, portanto, a valorização desse dado. Não foi demonstrada associação entre a doença e os demais marcadores hepáticos, representados por ferritina e TGO. Os resultados deste estudo concordam com a literatura principalmente quanto à associação entre DHGNA, sobrepeso/obesidade e dislipidemia, apontando para a necessidade de investigação precoce da doença em sujeitos expostos a tais fatores de risco. Para este fim, a ultrassonografia se destaca como método diagnóstico útil, por não ser invasivo, de fácil execução, baixo custo, ampla disponibilidade nos serviços públicos e com boa reprodutibilidade no rastreamento inicial da doença, especialmente quando se considera a utilização em escala populacional.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2028
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