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Título: Qualidade de vida e adesão medicamentosa entre hipertensos assistidos em um Centro de Atenção Secundária no Norte de Minas Gerais, Brasil
Autor(es): Nobre, André Luiz Cândido Sarmento Drumond
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Diamantino, Noasses Neiva
Leite, Maisa Tavares de Souza
Pinho, Lucinéia de
Silva, Carla Silvana de Oliveira
Palavras-chave: Epidemiologia;Saúde coletiva – Norte de Minas Gerais;Hipertensão arterial;Qualidade de vida. 5. Medicação – adesão
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2014
Resumo: Minas Gerais criou os Centros de Atenção Secundária em Saúde - Centros Hiperdia, em 2009, com a missão de ampliar a longevidade e melhorar a qualidade de vida da população por meio de intervenções capazes de diminuir a morbimortalidade por hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e doença renal crônica. Entende-se a hipertensão arterial como a principal responsável pela morbimortalidade das doenças cardiovasculares, no Brasil e no mundo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de vida e a adesão medicamentosa entre hipertensos assistidos em Centro de Atenção Secundária em Saúde no norte de Minas Gerais, Brasil. A pesquisa é do tipo transversal, observacional e analítica. A coleta de dados respeitou os preceitos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos e o projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes. Os dados foram coletados junto aos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, atendidos entre junho a dezembro de 2013. O local de coleta de dados se caracteriza como setor de referência para hipertensos, em atenção secundária, procedentes de 16 municípios da microrregião São Francisco-Brasília de Minas, Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se questionário semiestruturado, contendo questões do perfil socioeconômico e demográfico, qualidade de vida (WHOQOLbref e Minichal-Brasil) e adesão medicamentosa (teste de Batalla). Dados biológicos foram coletados durante o exame clínico de rotina pelo médico integrante da pesquisa, trabalhador do Hiperdia. Analisou-se qualidade de vida pelo WHOQOL-bref conforme aderência medicamentosa, pelos testes qui-quadrado de Pearson e Mann Whitney. Em outra interpretação avaliou-se a qualidade de vida pelo Minichal-Brasil, com análises bivariadas de correlação de Pearson e teste t de student. A estatística foi realizada no programa Software Package for Social Sciences (SPSS® for Windows, version 22.0), com nível de significância de 5% e intervalo de confiança 95%. A maioria dos participantes era mulher (71%), com idade média de 60(±13,37) anos. Os participantes com maior compreensão da doença foram considerados aderentes aos medicamentos anti-hipertensivos (81%), e obtiveram melhor qualidade de vida no domínio meio ambiente, que avalia o acesso às informações, aos serviços de saúde e aos recursos financeiros, do WHOQOL-bref (p=0,013). No domínio psicológico, aqueles com adesão medicamentosa, melhor aproveitam a vida, apresentam maior capacidade de concentração e aceitação da aparência física (p<0,05). O Minichal-Brasil demonstrou pior qualidade de vida correlacionada aos maiores valores de pressão sistólica (p=0,006) em contraposição à melhor qualidade de vida e maior renda per capita mensal, no domínio manifestações somáticas (p=0,042). A hipertensão e o seu tratamento afetam a qualidade de vida dos pesquisados (56%), pouco, médio ou muito. Os resultados evidenciam relação entre qualidade de vida e adesão medicamentosa, demonstrando necessidade de um manejo do caso clínico para além do ato de prescrição dos medicamentos. Evidenciou-se também que a hipertensão impacta negativamente na qualidade de vida. Neste sentido, o investimento em educação em saúde pode contribuir, visto que permite aumentar o conhecimento acerca da doença, refletindo em adesão terapêutica e melhor qualidade de vida.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2029
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