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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2033| Título: | Prevalência de suporte familiar e níveis de ansiedade, depressão e estresse em pais ou responsáveis de indivíduos com transtorno do espectro autista |
| Autor(es): | Meireles, Cynthia Santos |
| Orientador(ra): | Martelli, Daniella Reis Barbosa Dias, Verônica Oliveira |
| Membro(s) Banca: | Martelli Júnior, Hercílio Bonan, Paulo Rogério Ferreti Rocha, Josiane Santos Brant Gonçalves, Eduardo |
| Palavras-chave: | Transtornos do espectro autista;Pais;Ansiedade;Depressão;Estresse psicológico |
| Área: | Ciencias da Saude |
| Subárea: | Saude Coletiva |
| Data do documento: | 11-Mar-2025 |
| Resumo: | O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits no comportamento e na comunicação desde as primeiras fases da vida, com diferentes níveis de comprometimento. As interações precoces entre pais e filhos são essenciais para o desenvolvimento infantil e têm influência, mesmo em casos de TEA. A descoberta do diagnóstico de TEA afeta profundamente o cotidiano familiar, o que pode provocar prejuízos na saúde emocional dos pais e modificar as dinâmicas entre os membros da família. O aumento da prevalência do TEA nos últimos anos ressalta sua importância como uma questão de saúde pública, gerando impactos emocionais, psicológicos e socioeconômicos. Para uma melhor compreensão das necessidades e desafios dos pais de indivíduos com TEA, é necessário pesquisas a respeito do sofrimento psíquico e os danos causados na dinâmica familiar. Nesta perspectiva, este estudo objetiva avaliar a prevalência de suporte familiar e níveis de ansiedade, depressão e estresse em pais ou responsáveis de indivíduos com o TEA. A pesquisa foi com delineamento correlacional, descritiva e de caráter transversal. Amostra composta por 221 pais ou responsáveis de crianças e adolescentes de ambos os sexos com o diagnóstico TEA assistidos pela Atenção Primária, Associação Norte Mineira de Apoio ao Autista (ANDA) e pela clínica Conviver, localizadas em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Para coleta dos dados será utilizado o questionário socioeconômico e dois instrumentos formulados em escalas: O Inventário de Suporte Familiar (IPSF) e a escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) (Apêndice B). Após a coleta dos dados, estes serão tabulados no programa IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 24.0, para a realização das análises e testes estatísticos apropriados, sendo adotado nível de significância de 5%. Para os tratados estatísticos e foram aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa. A amostra foram predominantemente composta por mulheres (94,6%), principalmente mães (94,6%) e casadas (63,3%). Entre os 162 participantes que relataram profissão/trabalho, 51,5% estavam desempregados ou eram donas de casa. A maioria (81,4%) tinha renda mensal inferior a dois salários mínimos. Dos 192 indivíduos com respostas válidas sobre suporte, 50,5% apresentaram suporte leve, 37,0% suporte moderado e 12,5% suporte grave. As principais necessidades das famílias incluíram tratamento psicológico (54,4%), médico (43,9%) e moradia (23,3%). Poucos citaram lazer como prioridade (6,7%), e 27,5% não buscaram atividades de lazer recentemente, sendo a televisão o lazer mais comum (40,7%). Entre as dificuldades no diagnóstico de TEA, 55,6% mencionaram dificuldades no acesso ao tratamento médico e 40,6% dificuldades em lidar com a criança/adolescente. Dos 221 participantes, 83,3% responderam ao DASS-21 e 47,1% ao IPSF. Os escores médios no DASS-21 foram 28, e no IPSF, 58. A mediana de ansiedade foi 12, e as médias de depressão e estresse foram 17,46 e 51,57, respectivamente. Houve correlação inversa entre o IPSF e o DASS-21, sendo a depressão o sintoma com maior correlação negativa com o suporte familiar. Graves sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram associados à necessidade de tratamento psicológico e à falta de atividades de lazer. Além disso, a cor de pele não-caucasiana e renda inferior a dois salários-mínimos estiveram associadas à gravidade da ansiedade, e o estresse foi mais grave em responsáveis por meninos. O modelo final apontou que o sexo feminino previu níveis mais graves de ansiedade e estresse. A ausência de lazer e dificuldades no processo de diagnóstico (especialmente angústia/medo) previram níveis elevados de ansiedade e depressão. Conclusão: A ansiedade, depressão e o estresse são sinas de sofrimentos psíquicos que acometem a saúde mental dos pais e cuidadores de crianças com TEA. O diagnóstico pode gerar impacto na dinâmica familiar, é necessário pensar em estratégias e políticas públicas que forneçam maior acesso a lazer, saúde e melhor qualidade de vida a esses pais. |
| URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2033 |
| Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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