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Título: Perfil epidemiológico dos pacientes com anemia falciforme e ocorrência familiar da doença no norte do estado de Minas Gerais - Brasil
Autor(es): Oliveira, Michelle Pimenta
Orientador(ra): Martelli Júnior, Hercílio
Membro(s) Banca: Bonan, Paulo Rogério Ferreti
Martins, Marina Lobato
Paula, Alfredo Maurício Batista de
Barros, Letizia Monteiro de
Palavras-chave: Hemoglobinopatias;Anemia falciforme;Epidemiologia;Triagem neonatal
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2010
Resumo: Hemoglobinopatias são as desordens hereditárias mais comuns nos seres humanos, representadas principalmente pelas talassemias e doença falciforme (DF). A DF é uma alteração genética caracterizada pela presença da hemoglobina mutante S (HbS), que provoca a distorção dos eritrócitos, fazendo-os tomar a forma de “foice”. A denominação anemia falciforme (AF) é reservada para a forma da doença que ocorre em homozigoze (HbSS). No Brasil, distribui-se de maneira heterogênea, verificando-se uma maior frequência em locais onde a concentração de antepassados negros é predominante. Em MG, a incidência da AF é significativa nas regiões Norte e Nordeste. Os objetivos do presente estudo foram: (1) avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com AF no norte de MG, (2) estudar a ocorrência familiar da AF na mesma região do estado de MG. Para o primeiro objetivo, foram avaliados 460 prontuários de pacientes com AF, cadastrados entre julho de 1993 a dezembro de 2007, no Hemominas, regional Montes Claros. Da população avaliada, não se observou diferença estatística entre os gêneros (p=0,136). Em relação à origem dos falcêmicos, a maioria (66,7%) era de áreas urbanas de cidades localizadas com distância superior a 101 Km do Hemocentro referido. Em relação à cor da pele, 80,9% foram feodermas e a média de idade foi de 17,4 anos, com desvio padrão de 12,18. A maioria dos falcêmicos (49,8%) obtiveram o diagnóstico da doença entre 1 semana e 1 ano de vida e iniciaram o tratamento na mesma faixa etária. Quanto à transfusão sanguínea, 65,7% da população estudada já tinha sido submetida ao procedimento e 78,5% deles já havia apresentado infecção, sendo as mais freqüentes as acidente vascular cerebral ocorreu em 5,4% dos pacientes e o sequestro esplênico em 10,2%, enquanto a esplenectomia foi realizada em 5,2% da população. Quanto à sorologia realizada, identificaram-se casos positivos para hepatite B e C, 5,7% e 1,7% respectivamente. O esquema de vacinação encontrou-se irregular na maioria dos pacientes (64,1%). Para o segundo objetivo, realizou-se um estudo transversal, considerando 130 prontuários de pacientes com AF cadastrados pelo teste do pezinho, no período compreendido entre novembro de 1998 a dezembro de 2007. A triagem familiar, assim como o registro da ocorrência da AF em familiares de primeiro grau, foi extraída dos prontuários clínicos. Foram considerados familiares de primeiro grau: os pais, as mães e os irmãos. Dentre os 130 pacientes avaliados, constatou-se similaridade entre os gêneros (p=0,861) e a maioria foram feodermas (70,8%). Observou-se ainda que 15,4% dos pacientes avaliados apresentavam pelo menos um familiar afetado pela doença, sendo os irmãos, os membros mais acometidos (17%). A partir dos 130 casos de AF estudados e diagnosticados pelo teste do pezinho, foi possível constatar a existência de 26 casos entre parentes de primeiro grau daquela população. Vale ressaltar que o presente estudo apresenta limitações uma vez que resultados apresentados foram coletados a partir de registros de prontuários clínicos.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/2077
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