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Título: Marcas de oralidade na escrita de alunos do ensino fundamental: gênero carta do leitor
Autor(es): Costa Filho, Orando Antônio da
Orientador(ra): Coelho, Maria do Socorro Vieira
Membro(s) Banca: Cardoso, Caroline Rodrigues
Carvalho, Maria de Lourdes Guimarães
Palavras-chave: Língua portuguesa;Ensino;Oralidade e escrita;Intervenção pedagógica
Área: Linguistica, Letras e Artes
Subárea: Linguistica
Data do documento: 16-Jul-2021
Resumo: Os estudos linguísticos têm apontado que as metodologias para o ensino e a aprendizagem da língua materna baseadas na obediência às prescrições das normas da variedade considerada padrão já não mais atendem à realidade educacional brasileira, notadamente marcada por uma multiplicidade de variedades linguísticas. Por essa razão, urge desenvolver pesquisas que descrevam essa realidade linguística e utilizem metodologias diferenciadas de ensino da língua materna, a fim de que o aluno possa apropriar-se da variedade culta, nas modalidades oral e escrita, sem sofrer com os preconceitos que estigmatizam os falares vernaculares. Nesse sentido, esta pesquisa, tomando como objeto de estudo marcas da oralidade na escrita, apresenta proposta pedagógica de intervenção aplicada aos alunos do 7° ano A, da Escola Estadual Vicente José Ferreira, em Salinas – MG. Com base em observações aleatórias de textos dos alunos e conhecendo sua realidade social, cultural e geográfica, hipotetizou-se que eles transferem para a escrita os recursos empregados na fala, não diferenciando as especificidades de cada modalidade, e construindo hipóteses sobre a escrita baseadas no falar da região. Para se obter dados mais precisos e seguros, foram aplicadas três atividades diagnósticas de produção textual nas quais foram identificadas marcas da oralidade e desvios, em relação às convenções ortográficas, procedimento que confirmou a hipótese de que a forma de falar na região e as poucas oportunidades de participação em eventos de letramentos, em que a variedade culta da língua é usada, interferem no processo de apropriação da escrita padrão. Nesse sentido, desenvolveu-se pesquisa com o objetivo de detectar e apontar as hipóteses que esses alunos formulam quando usam a escrita padrão e cometem ‘erros’ decorrentes da interferência da oralidade na escrita, ou do não conhecimento sobre as convenções do sistema ortográfico oficial. Para tanto, foram utilizados os pressupostos teóricos da linguística fonético-fonológica e da sociolinguística e dos procedimentos metodológicos da pesquisa-ação e da pesquisa etnográfica para a elaboração da proposta de intervenção e durante sua subsequente aplicação. A intervenção baseou-se em um ‘Roteiro de Atividades’, constituído por 7 módulos, focalizando o processo de consciência fonológica e de conhecimento das convenções da escrita. Os resultados da investigação apontaram para avanços consideráveis no entendimento dos alunos a respeito das relações entre a oralidade e escrita e sobre as convenções do sistema ortográfico, mas também revelam que alguns erros ainda persistem nos textos escritos, ocorrências que apontaram a necessidade de eles serem re-analisados com procedimentos e técnicas futuros. Pode-se concluir que a pesquisa contribuiu para esclarecer sobre as relações entre a variedade/fala e a escrita que os alunos tecem quando redigem na língua escrita padrão.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/475
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