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Título: Montes Claros/MG cidade saudável?: análise a partir de indicadores intraurbanos
Autor(es): Santos, Luara Martins de Oliva
Orientador(ra): França, Iara Soares de
Membro(s) Banca: Pereira, Anete Marília
Soares, Beatriz Ribeiro
Palavras-chave: Indicadores - Cidades saudáveis – Montes Claros (MG);Problemas urbanos;Índice cidades saudáveis
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Geografia
Data do documento: 19-Mai-2022
Resumo: O crescimento da urbanização no mundo a partir da segunda metade do século XIX, principalmente em razão da industrialização, foi um fator que gerou uma diversidade de problemas urbanos de natureza espacial, econômica, social e ambiental. Nesse contexto, projetos, agendas e ações passaram a ser realizados a fim de melhorar a vida da população nas cidades e obter ambientes urbanos mais agradáveis, inclusivos e seguros, proposta que converge com os objetivos preconizados pela Agenda 2030 da ONU e com o Movimento Cidades Saudáveis iniciado no Canadá entre as décadas de 1970 e 1980. No Brasil, a partir da década de 1970 as cidades vivenciaram um crescimento significativo, fenômeno que está associado à existência de fatores de atração nas áreas urbanas, como a presença de indústrias, maiores oportunidades de emprego, bem como a fatores de repulsão no campo, como a concentração fundiária, ocasionando uma problemática ambiental e urbana que interferiu diretamente na qualidade de vida dos citadinos, principalmente das populações mais pobres. Nessa direção, a partir da proposição de um Índice Cidades Saudáveis (ICS), o trabalho em comento avalia as condições de vida no espaço intraurbano de Montes Claros, uma ferramenta que pode auxiliar a gestão pública na criação de políticas efetivas para que sejam mitigados os principais problemas urbanos, a partir da perspectiva do Movimento Cidades Saudáveis. Assim, para a construção do índice foram considerados indicadores relacionados à saúde, educação, infraestrutura urbana, espaços verdes livres públicos e nível socioeconômico. Tais indicadores foram selecionados com base em estudos de casos que trabalhavam metodologias ligadas à qualidade de vida no espaço urbano e à busca por Cidades Saudáveis. A abordagem metodológica dessa pesquisa foi constituída por uma análise teórica acerca de temas Cidades Saudáveis, urbanização, industrialização, problemas urbanos e indicadores de qualidade de vida nas cidades; elaboração de mapas com a utilização do software livre QGIS versão 3.20.3 e a realização do cálculo do Índice Cidades Saudáveis a partir do software livre RStudio versão 4.1.1. Na verificação efetuada fez-se uma classificação por quartis em que se observou que as regiões de planejamento Ibituruna, Morada do Parque, Todos os Santos, Vila Guilhermina e Centro, localizadas respectivamente nas zonas oeste, sul e central da cidade, foram as que apresentaram os melhores valores para o ICS, no intervalo de 0,761 a 0,864. São áreas que concentram condomínios fechados de alto padrão construtivo e as maiores rendas per capitas da cidade. Em contrapartida, as regiões Santos Reis (zona oeste), Distrito Industrial, Village do Lago (ambas na zona norte), Carmelo (zona leste) e Santo Inácio (zona sul) se enquadraram no intervalo dos menores valores para o ICS, de 0,657 a 0, 706, evidenciando que essas áreas de fato têm menor acesso a serviços básicos. Ressalta-se que as regiões Village do Lago e Distrito Industrial concentram grandes conjuntos habitacionais, um elevado contingente populacional que vive com baixa renda e segregados do restante da cidade. A partir da análise apresentada foi possível identificar as áreas de Montes Claros e seus problemas, daí a necessidade de intervenção pública, tendo em vista, a construção de um ambiente urbano mais saudável. A busca por cidades saudáveis é uma questão premente, uma vez que, a mitigação dos problemas urbanos é uma condição necessária para que a população residente nas cidades possa viver com melhor qualidade de vida.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/573
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