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Título: Análise das condições de vida e saúde da população das comunidades Amescla e Água Doce - APA do rio Pandeiros / Norte de Minas Gerais
Autor(es): Mendonça, Daniella Souza de
Orientador(ra): Magalhães, Sandra Célia Muniz
Membro(s) Banca: Lima, Samuel do Carmo
Barbosa, Rômulo Soares
Palavras-chave: Rio Pandeiros - Área de proteção ambiental;População rural - saúde;Saneamento básico;Alimentação
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Geografia
Data do documento: 29-Jul-2016
Resumo: A história da humanidade é marcada pelos laços existentes entre o homem e o meio natural, estes são resultantes da constante utilização dos recursos naturais pelos seres humanos. A desigualdade nasceu no momento em que a natureza passou a ser concebida como produto e o homem começou a ser tratado como objeto de domínio pelo seu semelhante. Percebe-se hoje uma apreensão ecológica que visa equilibrar o dilema: crescimento econômico e preservação ambiental. Uma das estratégias escolhidas pelo Estado em busca da conservação do meio ambiente é a implantação de Unidades de Conservação. A implantação dessas Unidades implica na reformulação territorial com evidência na preservação ambiental, saúde e nos conflitos gerados devido a alterações nas dinâmicas de poder e relação homem-meio. Diante desse panorama surgiu a necessidade de analisar as condições de vida e saúde da população das comunidades rurais Amescla e Água Doce, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Pandeiros, na porção territorial do município de Bonito de Minas- MG. Para o desenvolvimento do estudo, se optou por fazer uma pesquisa com cunho exploratório, visando explicar e analisar dados quantitativos e qualitativos de algumas variáveis, como: idade, sexo, renda, escolaridade, acesso à saúde/saneamento básico e hábitos alimentares. Foi necessário traçar um panorama histórico da criação da APA, discutindo questões relacionadas ao território, identificando os agentes presentes e relacionando-os à dinâmica da preservação ambiental e produção do espaço. Foi feita uma abordagem sobre os aspectos socioeconômicos dos moradores e a influência desses aspectos nos hábitos alimentares da população. Por meio do levantamento de dados como renda familiar per capita e número de refeições feitas por cada família, ficou evidente que a pobreza e a fome se fazem presentes no cotidiano de alguns residentes. Foi investigado como a criação da APA influenciou na prática da agricultura de subsistência e na relação do veredeiro com a vereda. Destaca-se que as iniqüidades fortalecidas no território podem estar relacionadas diretamente com o processo saúde-doença. A pesquisa se apresenta com tamanha importância devido a abordagem de assuntos muitas vezes negligenciados como a ineficiência da gestão governamental, a pobreza, a fome e a falta de saneamento básico. Devido à baixa renda familiar, criminalização da prática da agricultura de subsistência, analfabetismo e não acesso às noções de higiene pessoal e do meio, foi constatado nas duas comunidades estudadas péssimas condições de vida e saúde, onde a extrema pobreza e a inexistência de acesso ao saneamento básico se fazem presentes no cotidiano da população. Somente a ciência Pós- normal, com uma nova base epistemológica, pautada na interdisciplinaridade será capaz de enfrentar a complexidade das atuais relações socioeconômicas e da crise ecológica.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/585
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