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Título: Câncer no aparelho reprodutor feminino: avaliação da razão digital 2D:4D, agenesia dentária e história familiar de fissura labial e/ou palatina não sindrômica
Autor(es): Fonseca, Cláudia de Alvarenga Diniz
Orientador(ra): Martelli Júnior, Hercílio
Martelli, Daniella Reis Barbosa
Membro(s) Banca: Caldeira, Antônio Prates
Perez, Danyel Elias da Cruz
Barros, Márcio Vinicius Lins de
Aguiare, Marcos José Burle de
Palavras-chave: . Câncer uterino;Câncer de ovário;Razão de dígitos;Agenesia dentária;Fenda labial;Fissura palatina;Revisão sistemática
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: Nov-2020
Resumo: A razão digital (2D:4D), razão entre o segundo e quarto dígitos das mãos, tem sido sugerida como um biomarcador padrão para a atividade de andrógenos pré-natais e reconhecida como um marcador ligado a eventos carcinogênicos. Cânceres e malformações congênitas também têm sido relacionados, por partilharem etiologia comum. Este estudo avaliou a associação da 2D:4D, da ocorrência de agenesia dentária e da história familiar de fissura labial e/ou palatina não sindrômica (FL/PNS) entre mulheres com e sem câncer no aparelho reprodutor feminino. Foram realizados três estudos, dois do tipo caso-controle e uma revisão sistemática da literatura sobre a associação entre câncer e 2D:4D. Os dois estudos caso-controle envolveram 105 pacientes com câncer de útero ou ovário (grupo caso) e 210 mulheres clinicamente saudáveis (grupo controle), pareadas por idade. No primeiro estudo, o teste t de Student para amostras independentes com um nível de significância de 5% (p<0,05) foi realizado para comparar as médias das variáveis contínuas – idade e razões digitais direita (2D:4DD) e esquerda (2D:4DE) – entre os grupos caso e controle. Neste estudo, as mulheres com câncer apresentaram a 2D:4DD discretamente maior do que as mulheres do grupo controle (p=0,062). A 2D:4DE não apresentou diferença estatisticamente significante (p=0,222). Essa associação estatística limítrofe da 2D:4DD com o câncer no aparelho reprodutor feminino (útero ou ovário) sugere que mulheres com esse tipo de câncer provavelmente tiveram maior exposição ao estrogênio intrauterino e menor exposição à testosterona durante a vida fetal. No segundo estudo, análises estatísticas descritivas e comparativas foram realizadas com as características basais dos grupos, tais como idade, cor da pele, consanguinidade paterna, agenesia dentária e história familiar de FL/PNS em parentes de primeiro grau. Os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer e Odds Ratio (OR) com intervalos de confiança (IC's) de 95% foram realizados para avaliar a associação da agenesia dentária e da história familiar de FL/PNS entre os casos e controles. Foi adotado um nível de significância de 5% (p<0,05). Observou se que 2% das mulheres do grupo caso e 0,98% do controle relataram a ausência congênita de pelo menos um dente (1df chi-square, p=0,464; Fisher's exact test, p=0,600). No grupo caso, o relato de história familiar de FL/PNS ocorreu em duas pacientes e, no grupo controle, em cinco mulheres (1df chi-square, p=0,787; Fisher's exact test, p=1,000). A ocorrência da agenesia dentária em pacientes com câncer no aparelho reprodutor feminino e o relato de história familiar de FL/PNS não foram significantemente aumentados. O terceiro estudo realizou uma revisão sistemática e elegeu 21 estudos que abordam a associação entre câncer e 2D:4D. Dezesseis deles (76,19%) reforçam a evidência da 2D:4D como importante biomarcador associado a vários tipos de câncer. Embora a maioria dos estudos mostre uma associação significante entre 2D:4D e câncer, as diferenças metodológicas das publicações científicas envolvendo essa relação entre 2D:4D e determinados tipos de câncer limitaram a elucidação por meio de metanálise. Apesar dessas limitações, 2D:4D permanece um biomarcador de exposição pré-natal a andrógenos que pode ter um valor preditivo no risco de alguns tipos de câncer.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/590
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