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Título: Potencial antineoplásico de antioxidantes e ação adjuvante do ácido gálico à radiação ionizante no carcinoma epidermoide de boca: uma revisão sistemática e estudo in vitro
Autor(es): Aguiar, Karina Marini
Orientador(ra): Farias, Lucyana Conceição
Guimarães, André Luiz Sena
Membro(s) Banca: Xavier, Alessandra Rejane Ericcson de Oliveira
Teles, Leandro de Freitas
Moura, Ana Paula Venuto
Cardoso Filho, Otávio
Palavras-chave: Carcinoma epidermoide de boca;Antioxidantes;Ácido gálico;Radioterapia;Radiação ionizante terapêutica
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: 2020
Resumo: O Carcinoma epidermoide de boca (CEB) é uma doença comumente relacionada com alterações genéticas, epigenéticas e a fatores de risco, como o tabagismo crônico e etilismo, sendo responsável por mais de 90% de todas as neoplasias malignas orais. Em indivíduos acometidos pelo CEB, a radioterapia é uma estratégia terapêutica importante para promover a morte das células neoplásicas e controlar a progressão da doença. Apesar dos avanços obtidos nesta modalidade de tratamento, observam-se, ainda, quadros de radiorresistência, podendo levar um prognóstico desfavorável. Por isso, é crucial realizar pesquisas com foco no desenvolvimento de terapêuticas complementares, visando favorecer a eficácia da radiação ionizante. As substâncias derivadas de plantas são excelentes fontes de descoberta e desenvolvimento de novos agentes antineoplásicos. O ácido gálico (AG) é um potente antioxidante, derivado de plantas do cerrado brasileiro que pode inibir o desenvolvimento de neoplasias através de vários mecanismos, tais como inibição da metástase, supressão da angiogênese, indução de apoptose, inibição da proliferação, migração e da invasão. Com base no envolvimento de espécies reativas de oxigênio (EROs) na patogênese do câncer, bem como o de boca, os antioxidantes têm sido alvo de pesquisas científicas, investigando o uso dessas substâncias como moduladores de EROs na prevenção ou terapêutica do câncer de boca ou, ao contrário, como indutores da geração de EROs promovendo estresse oxidativo e morte de células de CEB. Portanto, este trabalho apresenta duas vertentes de estudo. A primeira teve como objetivo elaborar uma revisão sistemática da literatura sobre o potencial antienoplásico de substâncias antioxidantes no carcinoma epidermoide de boca. O objetivo da segunda vertente foi investigar ação adjuvante do AG sobre o efeito terapêutico da radiação ionizante em células de CEB. A revisão sistemática do primeiro estudo envolveu a busca de estudos in vitro e clínicos relacionados ao objetivo proposto. O estudo foi registrado na Plataforma Internacional Prospero (CRD42018107206) e seguiu os critérios de busca da Plataforma PRISMA para revisões sistemáticas e meta-análises, utilizando as bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e EBSCO. Foram identificadas 260 publicações em todas as bases de dados, sendo elegíveis 32 artigos para a leitura do texto completo. As principais fontes antioxidantes com potencial terapêutico no CEB identificadas neste estudo foram Curcumina, Quercetina, Resveratrol, Licochalcones, α-mangostin, Shikonin, Pterostilbene, 2,4-bis(p-hydroxyphenyl)-2-butenal, β-lapachone and 3-iodine derivates, Selenium, Butein, Fisetin, Oridonin, Betulinic acid, Thymol, Verbacoside, Xanthorrhizol, e derivados da Dihydrocaffeic acid amide. Várias destas substâncias são polifenois, terpenoides ou flavonoides. Diferentes extratos de plantas e diluições de mel também demonstraram possuir propriedades antioxidantes e exercer efeitos antineoplásicos, incluindo extrato metanólico de Gracilaria tenuistipitata, extrato metanólico de Pergularia daemia, extrato etanólico de semente de Acacia catechu, extrato alcoólico de Salvia miltiorrhiza, extrato de Areca nut, extrato de Duchesnea indica, extrato de Hibiscos sabdariffa e mel Tualang. Todas essas substâncias apresentaram efeitos biológicos nas células OSCC, controlando a proliferação ou levando à morte celular. Em segundo momento deste estudo, foram realizados ensaios in vitro de proliferação, morte celular, e níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs). Células imortalizadas de CEB, SCC-9, e queratinócitos normais HaCaT, utilizados como controle, foram tratadas com o AG na concentração de 10 µg/ml, seguida da exposição a 2, 4 e 6 Gy de irradiação, em um acelerador linear. O AG reduziu significativamente o número de células viáveis em diferentes doses de radiação e potencializou a morte celular radio-induzida nas células de CEB, mas não nas células HaCaT. Em concordância a esses achados, houve um aumento do acúmulo intracelular de EROs nas células SCC-9 e uma redução nas HaCaT. Assim o AG exerceu um efeito potencial como adjuvante da radiação ionizante terapêutica no controle comportamental das células de CEB, além de atuar como um protetor dos queratinócitos normais. Novos estudos in vivo são necessários para entender melhor o papel do AG e de outros antioxidantes como estratégia terapêutica promissora contra o câncer de boca.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/591
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