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Título: Transtorno do Espectro do Autismo e fatores socioeconômicos e demográficos em uma população de crianças e adolescentes brasileiros
Autor(es): Bandeira, Laura Vicuña Santos
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Maia, Fernanda Alves
Membro(s) Banca: Mecca, Tatiana Pontrelli
Monteiro Júnior, Renato Sobral
Palavras-chave: Transtorno Autístico;Estudo de caso controle;Dados Demográficos;Situação Socioeconômica
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2020
Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição clínica caracterizada por déficits na comunicação social; padrões restritos e repetitivos de comportamento e comportamento sensorial incomum. Sua etiologia é multifatorial, com fatores genéticos e ambientais envolvidos. Estudos que exploram o impacto dos fatores socioeconômicos no status da saúde, incluindo o TEA, aumentaram progressivamente. Isso está, principalmente, relacionado ao fato desse transtorno está entre as dez principais causas de incapacidade em todo o mundo em crianças entre cinco e nove anos de idade e devido ao aumento constante de sua prevalência. O presente estudo objetivou investigar a associação entre o TEA e fatores socioeconômicos/ demográficos em uma população no norte de Minas Gerais - Brasil. Foi desenvolvido um estudo caso-controle, constituído por 1134 crianças ou adolescentes, sendo 248, com TEA e 886, sem TEA. Utilizou-se um questionário semiestruturado como instrumento de coleta de dados. Para identificar os fatores associados ao TEA, foi utilizado o teste Qui-quadrado na análise bivariada e modelo de regressão logística foi adotado para realização da análise múltipla. Odds ratio (OR) bruta e ajustada foram utilizadas para estimar a magnitude das associações. Verificou-se que crianças/adolescentes com TEA são mais propensas a serem do sexo masculino (OR= 3,91; IC95%: 2,67-5,68); filhos de mãe com idade no parto ≥ 25 anos (OR= 2,15 ; IC95%: 1,50-3,09), que trabalhavam fora de casa durante a gestação (OR= 1,52; IC95%: 1,04-2,24),que no momento da entrevista, não estavam inseridas no mercado de trabalho (OR = 3,17; IC95%: 2,44-5,65), brancas (OR=1,49; IC95%: 1,01-2,22 ) e que realizaram pré-natal em instituições privadas (OR=1,97; IC95%: 1,38-2,80). As associações encontradas podem estar relacionadas a melhores condições de acesso aos serviços saúde da população estudada, tanto para a busca do diagnóstico como para o tratamento do TEA, e não relacionadas diretamente à etiologia desse transtorno. No entanto, a idade materna pode está diretamente associada tanto ao desenvolvimento do TEA quanto ao diagnóstico desse transtorno. Reforça-se que os fatores associados ao TEA, neste estudo, são fatores que facilitam o acesso aos serviços de saúde e, portanto, são importantes para o diagnóstico do TEA e para o aumento do número de casos notificados. Assim, são necessárias políticas públicas que permitam um acesso igualitário ao diagnóstico e ao tratamento desse transtorno.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/649
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