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Título: Efeitos da fotobiomodulação na xerostomia e hipossalivação durante a radioterapia em pacientes portadores de carcinoma de células escamosas na região de cabeça e pescoço – um ensaio clínico controlado randomizado
Autor(es): Durães, Cristina Paixão
Orientador(ra): Guimarães, André Luiz Sena
Membro(s) Banca: Arantes, Diele Carine Barreto
Correa, Luciana
Palavras-chave: Glândulas salivares;Radioterapia;Terapia com luz de baixa intensidade;Xerostomia
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: O carcinoma espinocelular é o tipo de câncer mais comum na região de cabeça e pescoço, representando 90% das neoplasias malignas que acometem a cavidade oral. Como principais modalidades de tratamento oncológico, cirurgia, quimioterapia e∕ ou radioterapia, podendo ou não estarem associadas. Qualquer escolha de tratamento, efeitos nocivos poderão provocar danos, reversíveis ou não, em órgãos de risco, como glândulas salivares, que são altamente radiossensíveis. Nos primeiros dias de radiação, células serão afetadas, prejudicando gravemente a produção de água, o que reduz o fluxo salivar,levando a hipossalivação, ou a sensação subjetiva de boca seca, xerostomia. A saliva importante para homeostasia da cavidade oral e, alterações no fluxo salivar interferem nas funções orais básicas, impactando a qualidade de vida do indivíduo. Existem vários tratamentos propostos, entre eles, a fotobiomodulação. Porém, a falta de protocolo preciso dificulta a obtenção de evidências científicas capazes de gerar protocolos terapêuticos eficazes. O presente estudo tem o objetivo avaliar o efeito da fotobiomodulação no tratamento da xerostomia e hipossalivação em pacientes portadores de carcinoma de células escamosas na região de cabeça e pescoço. Como método, um ensaio clínico unicego, paralelo, randomizado, controlado por dois braços, foi realizado seguindo as diretrizes Consort. A pesquisa foi registrada no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos ReBEC com UTN nº. U1111-12599-9624 ∕ RBR-9bt3cbj, e realizada no Hospital Dilson Godinho de Quadros, no Município de Montes Claros, entre dezembro de 2018 a março de 2021. De 111 participantes, 85 foram incluídos na pesquisa, divididos de forma aleatória e randomizada em grupo intervenção (n = 41) ou sem intervenção (n = 44). Utilizou-se um aparelho de laser DUO portátil, emissor de luz semicondutor (GaAIAs e InGaAIP), potência ótica do laser de 100 mW, área do feixe Laser de saída do bico da caneta de 3 mm2 , área do spot 0,030 cm2 , modo de operação do equipamento contínuo, com combinação de dois comprimentos de onda (660 nm e 808 nm). Foram entregues aos tecidos doses de energia de 9 J por ponto de cada comprimento de onda separadamente, densidade de energia 300 J∕ cm2 , densidade de potência 3,33 W∕ cm2 , forma de irradiação pontual, com incidência da luz em 90 ͦem relação aos tecidos, em glândulas salivares maiores, duas vezes na semana, durante a radioterapia. Como desfecho primário esperava-se a redução da xerostomia e da hipossalivação e desfecho secundário, diminuição dos escores de ansiedade e depressão. Os resultados demostraram não haver diferenças estatísticas entre os grupos para redução objetiva do fluxo salivar, hipossalivação, no volume, na densidade e no pH da saliva. Em relação ao sintoma auto relatatado pelo paciente, sensação de boca seca, escores obtidos através do questionário de xerostomia não foram diferentes estatisticamente entre os grupos comparados. Em relação à pontuação dos inventários de ansiedade e depressão, também não foram verificadas diferenças, corroborando com achados anteriores e concluindo que a fotobiomodulação para xerostomia e hipossalivação, com o protocolo proposto por este estudo, não demonstra diferença estatística entre os grupos que receberam ou não intervenção logo após a finalização do tratamento radioterápico.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/667
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