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Título: Vivências e estigmas em mulheres com câncer de mama: estudo clínico qualitativo
Autor(es): Ferraz, Monalisa Ferraz de
Orientador(ra): Rodrigues Neto, João Felício
Membro(s) Banca: Sampaio, Cristina Andrade
Bastos, Rodrigo Almeida
Dias, Orlene Veloso
Palavras-chave: Câncer de mama - Neoplasia da mama;Saúde da mulher – Assistência integral;Pesquisa qualitativa;Autoimagem;Sobrevivência
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: O câncer tem apresentando alta prevalência dentre as doenças crônicas. Na população feminina, o câncer mais frequente (excluindo o câncer de pele não melanoma) é o de mama, no Brasil e no mundo. O tratamento do câncer de mama tem progredido de forma evidente, com o avanço de tecnologias cada vez mais específicas, levando a uma maior sobrevida. No entanto, se faz necessário o cuidado integral da população feminina que está passando ou passou por esse processo de adoecimento, para que se possa compreender as repercussões por ele causadas, não somente as físicas, como também as psíquicas e sociais. Por isso, torna-se necessária a realização de estudos que busquem compreender a realidade dessas mulheres, suas vivências e sentimentos, uma vez que ainda se carrega na sociedade atual preconceito e estigmas relacionados ao câncer de mama. O objetivo dessa pesquisa consistiu em conhecer o cotidiano, compreender as vivências e estigmas de mulheres com o câncer de mama, com diagnóstico a partir de 2015, na cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Os procedimentos metodológicos foram uma pesquisa clínico-qualitativa com 12 mulheres que estavam em tratamento quimioterápico, radioterápico, hormonal ou em acompanhamento para finalizar o tratamento. A faixa etária das mulheres variou de 31 a 82 anos e três possuíam menos de 40 anos, nove eram casadas, uma solteira e duas viúvas. A primeira etapa da coleta de dados foi desenvolvida com entrevistas individuais e audiogravadas, mediante o consentimento das colaboradoras, a partir de perguntas norteadoras. A análise de dados seguiu a técnica de Análise de Conteúdo Clínico-qualitativa, que compreende sete etapas. O processo de análise deu origem a unidades de análise e códigos e as categorias construídas no estudo foram: ‘O momento do diagnóstico e o tratamento – do impacto inicial ao enfrentamento da doença’; ‘As relações interpessoais – a importância dos apoios (familiar, profissionais de saúde e social) durante o processo de adoecimento’ e ‘Mudança de Hábitos e Ressignificação da Vida – a perspectiva de um novo olhar’. Os resultados do estudo apontaram que os impactos causados pelo câncer de mama nas mulheres durante e após o tratamento abrangem e atingem vários aspectos da vivência dessa população. As escolhas feitas pelas entrevistadas para o desenlace das adversidades que passaram foram determinadas por sua trajetória de vida, conhecimento, crenças e apoios familiares e profissionais. As experiências das mulheres com câncer de mama foram marcadas por momentos de insegurança, medo, angústia, choro e dor, no entanto, elas utilizaram de estratégias de enfrentamento e foi percebido que muitas mulheres tiveram sua identidade mudada após a trajetória do adoecimento, apesar disso, conseguiram retomar sua vida a uma condição semelhante à anterior à doença. O estudo aponta a necessidade de se avaliar o atual modelo de cuidado integral ao paciente oncológico, em especial às mulheres com câncer de mama, de modo a tornar evidente os sentimentos, dores, anseios, esperanças e os desejos dessas mulheres, que clamam por atenção no âmbito da saúde. É importante o consentimento de que a recuperação completa de um processo patológico vai além da cura física, necessitando também de uma boa saúde psíquica, integração social, familiar e reabilitação.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/668
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