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Título: Efeitos da suplementação com Chlorella vulgaris sobre a obesidade materna e o desenvolvimento da prole adulta alimentada com dieta hiperglicídica
Autor(es): Medeiros, Vera Lúcia Lacerda
Orientador(ra): Andrade, João Marcus Oliveira
Membro(s) Banca: Rezende, Luiz Fernando de
Farias, Rogério Estevam
Palavras-chave: Chlorella vulgaris - Dieta;Algas como alimento;Gravidez - Aspectos nutricionais;Obesidade em mulheres;Crianças - Aspectos nutricionais
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: A obesidade materna tem apresentado incremento nas taxas de prevalência nas últimas décadas, especialmente devido mudanças de estilo de vida, como sedentarismo e dietas hipercalóricas. Tem associação com desfechos materno-fetais desfavoráveis e pode impactar no desenvolvimento da prole na vida adulta, predispondo a obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. O estilo alimentar no período pré-gestacional, gravídico e lactário pode resultar em efeitos metabólicos para a mãe e para a prole. Nos últimos anos, vem crescendo a utilização de nutracêuticos no contexto da obesidade, assim a Chlorella vulgaris (CV), uma alga que contém vários nutrientes e compostos biologicamente ativos, com conhecidos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, que pode se tornar uma opção útil para auxiliar na prevenção e tratamento da obesidade, incluindo a materna. Diante desse contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de CV em camundongos fêmea no período gravídico lactário sobre parâmetros corporais, metabólicos e moleculares materno e da prole adulta alimentada com dieta hiperglicídica. O estudo foi dividido em duas coortes, sendo a primeira realizada com 24 camundongos fêmea randomizados em três grupos: i) grupo controle (DP), ii) grupo alimentado com dieta hiperglicídica (DHG) e iii) grupo suplementado com CV (DHG+CV) no período gravídico-lactário. A segunda coorte compreendeu o acompanhamento das proles advindas dos animais da primeira coorte. Foram constituídos quatro grupos de animais machos (n=8/grupo), sendo DP/DP, DP/DHG, DHG/DHG e CV/DHG. Foram mensurados parâmetros corporais, bioquímicos e histológicos. Os resultados indicam que, nas mães, a CV foi capaz de diminuir o peso do tecido adiposo ovariano em relação do grupo DHG, no entanto, sem redução do peso e adiposidade corporal. Em relação ao perfil glicêmico, a CV foi capaz de melhorar a tolerância à glicose e diminuir os níveis de glicemia de jejum. Para o perfil lipídico, foram observadas diferenças para os níveis de colesterol total entre o grupo DP vs. DHG; para triglicerídeos, entre DP vs. DHG e DP vs. CV e para os níveis de LDL-c, as diferenças estatísticas foram encontradas entre DP vs. DHG e DHG vs. CV. Parâmetros fetais indicaram menor peso e comprimento ao nascimento nos animais oriundos de mães suplementadas com CV. Os resultados da análise de composição corporal da prole mostraram menor peso corporal, do tecido adiposo epididimal e da adiposidade visceral no grupo CV/DHG. Esses achados foram reforçados por menor tamanho dos adipócitos brancos. Para o perfil glicêmico da prole, não se observou benefícios com a suplementação de CV. Em relação ao perfil lipídico, foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre CV/DHG e os grupos DP/DHG e DHG/DHG para os níveis de colesterol total. Para níveis de triglicerídeos, foram observadas diferenças entre o grupo DP/DP e os demais alimentados com dieta DHG, enquanto para LDL-c foram encontradas diferenças entre os grupos DP/DP vs. DP/DHG e DP/DHG vs. CV/DHG. Em conjunto, esses achados sugerem que a suplementação CV no período gravídico-lactário traz benefícios metabólicos para as mães e favorece fenótipo metabólico da prole, mesmo esta estando submetida a um ambiente obesogênico.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/675
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