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Título: Saúde ocupacional e fatores associados em professores da educação básica da rede pública estadual de Montes Claros: Projeto ProfSMoc
Autor(es): Magalhães, Tatiana Almeida de
Orientador(ra): Haikal, Desirée Sant’Ana
Membro(s) Banca: Silveira, Marise Fagundes
Nascimento, Jairo Evangelista
Assunção, Alda Ávila
Silva, Rosângela Ramos Veloso
Paula, Alfredo Maurício Batista de
Baldo, Marcelo Perim
Palavras-chave: Saúde ocupacional;Saúde mental;Distúrbios vocais;Comportamento;Professores escolares – Montes Claros (MG);Ensino fundamental e médio;Projeto ProfSMoc
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: Esta tese objetivou identificar questões relacionadas à saúde ocupacional e fatores associados entre professores da educação básica da rede pública estadual de ensino. Trata-se da pesquisa “Condições crônicas de saúde e fatores associados entre professores da rede pública: estudo de base populacional - Projeto ProfSMoc”, desenvolvida em 2016 em Montes Claros-MG. Adotou-se amostra probabilística. Os professores atuantes em salas de aula das escolas incluídas (n=35) foram convidados a participar. Questionários autoaplicáveis, exames físicos e antropométricos foram conduzidos por equipe treinada e calibrada. Foram incluídos 745 professores. A partir de tais dados, sete produtos foram produzidos, sendo cinco artigos, um livro e um pich. 1) O primeiro artigo identificou diferenciais de gênero entre professores segundo o perfil laboral, os comportamentos e a saúde. Foram conduzidas análises bivariadas. Verificou-se que mulheres apresentaram perfil laboral mais precário e melhores comportamentos em saúde, apesar de relatarem maior autopercepção negativa da sua aparência e pior qualidade de vida em relação aos homens. Entre homens, predominaram comportamentos não saudáveis e menor busca por assistência à saúde. 2) O segundo estudo descreveu as prevalências de fatores de risco e proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) segundo sexo, idade e satisfação com o trabalho. Conduziu-se Regressão de Poisson. No geral, homens apresentaram maiores prevalências de maus hábitos e excesso de peso, porém menor comprometimento da saúde mental. Professores mais velhos apresentaram maior comprometimento da saúde física e maior proteção da saúde mental. Professores insatisfeitos com o trabalho apresentaram maior comprometimento da saúde mental e piores comportamentos de saúde. 3) O terceiro artigo identificou a prevalência e os fatores associados à Síndrome de Burnout (SB) entre professores. Realizou-se análise hierarquizada pela Regressão de Poisson. A prevalência geral da SB foi de 13,8%. Professores mais jovens, sem filhos, concursados/efetivos, insatisfeitos no trabalho, com desejo de mudar de profissão e com falta de apoio da direção escolar estiveram associados à SB. 4) O quarto estudo estimou a prevalência e os preditores dos sintomas de estresse. Conduziu-se análise hierarquizada pela Regressão de Poisson. A prevalência dos sintomas de estresse entre os professores foi de 40,2%. O sexo feminino, a maior jornada de trabalho, a insatisfação com o trabalho, o pior estilo de vida, a realização de acompanhamento de saúde, o relato de alteração vocal, a autopercepção negativa da saúde e a qualidade de vida insatisfatória foram preditores dos sintomas de estresse. Os fatores de proteção identificados foram classes econômicas mais baixas e o vínculo empregatício precário (contratado/designado). 5) O quinto estudo analisou os fatores associados aos distúrbios vocais entre professores. Foi conduzida a Regressão Logística Binária. As chances de apresentar distúrbios vocais foram maiores entre mulheres, com maior jornada de trabalho, com comprometimento da saúde mental e com autopercepção negativa da saúde. 6) O sexto produto referiu-se ao livro “Condições crônicas de saúde e fatores associados entre professores da rede pública: estudo de base populacional: Projeto ProfSMoc - resultados principais” (ISBN 978-65-00-07898-5). 7) O sétimo produto foi um Pich intitulado “Resultados Principais ProfSMoc, 2016- A saúde dos professores levada a sério”. Os dois últimos produtos foram divulgados em redes sociais e encaminhados à Superintendência Regional de Educação (SRE) de Montes Claros-MG e aos professores do município de forma virtual, caracterizando o retorno/divulgação dos resultados à comunidade. Conclusão: Observou-se comprometimento da saúde ocupacional dos professores da educação básica. Os diferenciais de gênero, os fatores de risco e proteção para DCNT, o adoecimento/sofrimento mental (burnout e estresse) e os distúrbios vocais estiveram, de forma geral, predominantemente associados ao sexo feminino, aos mais novos, com pior autopercepção da saúde e com qualidade e estilo de vida insatisfatórios. As questões laborais mostraram-se associadas ao comprometimento da saúde mental (burnout e estresse), com destaque à maior jornada semanal de trabalho, ao desejo de mudar de profissão, à falta de apoio da direção escolar e, principalmente, à insatisfação com o trabalho docente, que mostrou certo protagonismo no comprometimento da saúde. Espera-se que esses dados possam subsidiar estratégias públicas de prevenção e promoção da saúde ocupacional e maior reconhecimento social dos professores da educação básica.
Descrição: This thesis aimed to identify issues related to occupational health and associated factors among teachers of basic education in the state public school system. This is the research “Chronic health conditions and associated factors among public school teachers: population based study - ProfSMoc Project”, developed in 2016 in the municipality of Montes Claros MG. A probabilistic sample was adopted. All teachers working in classrooms of the schools included (n=35) were invited to participate. Self-administered questionnaires, physical and anthropometric examinations were conducted by a trained and calibrated team. About 750 teachers were included. From such data, seven products were produced, being five articles, a book and a pich. 1) The first article identified gender differences between teachers according to work profile, behavior, and health. Bivariate analyzes were conducted. It was found that women had a more precarious work profile, better health behaviors, despite reporting greater negative self-perception oftheir appearance and worse quality of life in the physical and psychological domains compared to men. Among men, unhealthy behaviors and less search for health care predominated. 2) The second study described the prevalence of risk and protective factors for Chronic Noncommunicable Diseases (CNCD) according to gender, age, and job satisfaction. Poisson regression was conducted. In general, men had higher prevalence of bad habits and overweight, but less impairment of mental health. Older teachers showed greater impairment of physical health. Teachers who were dissatisfied with their work had greater mental health impairment. 3) The third article identified the prevalence and factors associated with Burnout Syndrome (BS) among teachers. A hierarchical analysis was performed using Poisson Regression. The overall prevalence of BS was 13.8%. Younger teachers, without children, with public service/effectiveness, dissatisfied at work, with a desire to change profession and lacking support from the school administration were associated with BS. 4) The fourth study estimated the prevalence and predictors of Stress Symptoms. A hierarchical analysis was conducted using Poisson Regression. The prevalence of Stress Symptoms among teachers was 40.2%. Female sex, longer working hours, job dissatisfaction, worse lifestyle, health follow-up, report of vocal alteration, negative self perception of health and unsatisfactory quality of life were predictors of Stress Symptoms. The protective factors identified were lower economic classes and precarious employment (hired/assigned). 5) The fifth study analyzed factors associated with voice disorders among teachers. Binary Logistic Regression was conducted. The chances of presenting voice disorders were higher among women, with longer working hours, withimpaired mental health and with a negative self-perception of health. 6) The sixth product referred to the book “Chronic health conditions and associated factors among public school teachers: population based study: ProfSMoc Project - main results” (ISBN 978-65-00-07898- 5). 7) The seventh product was a Pich entitled “Top ProfSMoc Results, 2016- Teachers' healthtaken seriously”. The last two products were publicized on social networks and sent to the Regional Superintendence of Education (SRE) of Montes Claros and to the teachers of the municipality in a virtual way, featuring the return/dissemination of the results to the community. Conclusion: Impairment of the occupational health of basic education teachers was observed. Gender differences, illness/mental suffering (burnout and stress), vocal disorders and risk factors for CNCD were, in general, predominantly associated with females, younger people, with worse self-perception of health, with unsatisfactory quality and lifestyle. Work issues were associated with health impairment, with emphasis on the longer working week, desire to change profession, lack of support from the school administration and, mainly,dissatisfaction with the teaching work, which showed a certain protagonist in the commitment. of health. It is hoped that these data can support public strategies for the prevention and promotion of occupational health and greater social recognition of basiceducation teachers.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/707
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