Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/715
Título: Estratégias de controle do equilíbrio em idosas saudáveis
Autor(es): Rodrigues, Ana Carolina de Mello Alves
Orientador(ra): Monteiro Júnior, Renato Sobral
Membro(s) Banca: Tinini, Rodolpho Cesar dos Reis
Paula, Alfredo Maurício Batista de
Bicalho, Camila Cristina Fonseca
Cassilhas, Ricardo Cardoso
Silva, Elirez Bezerra
Palavras-chave: Idosas - Saúde e higiene;Equilíbrio (Fisiologia);Equilíbrio postural;Exercícios físicos para idosos;Inteligência artificial - Aplicações médicas
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: O controle do equilíbrio postural é a capacidade de manter o corpo estático ou em movimento dentro da base de suporte sem cair, por meio da transmissão sensorial e programação motora realizadas pelo sistema neuromuscular. Com o envelhecimento há diminuição das funções executivas e das capacidades físicas que podem influenciar diretamente na execução de tarefas automáticas, como ficar em pé e caminhar. A avaliação do equilíbrio pode ser feita pelo Wii Balance Board (WBB) com obtenção da medida de deslocamento do centro de pressão na direção anteroposterior (CoP ap) e mediolateral (CoP ml). Entretanto, o comportamento do CoP pode sofrer influência de fatores externos como a privação da visão e dupla-tarefa (tarefa cognitiva + motora simultaneamente), e de fatores internos como condicionamento físico e idade. Dessa forma, na presente tese busca-se investigar, por meio de estudos compilados, os fatores que interferem no controle do equilíbrio postural de idosas a fim de detectar possíveis estratégias motoras realizadas para a manutenção da estabilidade. O objetivo do primeiro estudo foi analisar a oscilação do centro de pressão (CO) durante o equilíbrio estático em na presença ou ausência de tarefa cognitiva em idosas. A amostra foi composta de 31 idosas saudáveis, com idades entre 66 ± 7 anos (média ± desvio padrão). A avaliação do equilíbrio foi realizada em posição estática com olhos abertos (AO) e fechados (OF) (tarefas simples motora) e com dupla-tarefa (DT) por meio do Wii Balance Board (WBB) com obtenção dos valores de CoP ap e CoP ml. O rastreamento cognitivo foi realizado pelo Miniexame do Estado Mental (MEEM). A partir dos valores de CoP foram calculados a área de oscilação (SA cm²), deslocamento total (DT cm) e CO. O teste de Friedman foi usado para comparar OE, CE e DT. A porcentagem de interferência de DT foi usada para quantificar a carga cognitiva no equilíbrio, enquanto o coeficiente de correlação de Spearman foi usado para avaliar a associação de domínios cognitivos e CO. Todas as variáveis foram analisadas com nível de significância de p <0,05. Foi observada diferença significativa na oscilação do CoP na direção mediolateral (CoP ml) (p<0.01), com valores de mediana de 25 (mínimo: 8 – máximo: 43) em dupla-tarefa, 23 (4 – 36) com olhos abertos e 21 (5 – 41) com olhos fechados. Os resultados mostram que a dupla-tarefa prejudica o controle do equilíbrio postural, com maior oscilação do CoP na direção mediolateral (CoP ml), além dos limites de estabilidade quando comparados a tarefas simples. No segundo estudo, o objetivo foi analisar o efeito do exercício físico no processamento de dupla-tarefa de idosas saudáveis realizando equilíbrio estático. A amostra foi composta de 16 idosas saudáveis, com 66 ± 7 anos (média ± desvio padrão). A avaliação do equilíbrio foi realizada em posição estática com AO, OF e DT por meio do WBB com obtenção dos valores de CoP ap e CoP ml. Todas as idosas realizaram treinamento (24 sessões) com diferentes programas de exercício aeróbico: força e realidade virtual e esforço moderado. O CoP ap e CoP ml foram analisados ao longo dos tempos pré e pós-treinamento. O teste de Wilcoxon foi usado para comparar o pré e pós-treinamentos. Todas as variáveis foram analisadas com nível de significância de p <0,05. Foram observados diferença significativa na mediana do CoP ml (p<0.01) entre o período pré e pós-treinamento em dupla-tarefa (0,16 – 0,03), com olhos abertos (0,11 – 0,02) e olhos fechados (0,09 – 0,06), bem como a diferença significativa na mediana do CoP ap (p<0.01) entre o período pré e pós-treinamento em dupla-tarefa (0,04 – 0,26), com olhos abertos (0,29 – 0,09) e olhos fechados (0,20 – 0,31). Os resultados mostram que o programa de exercícios físicos diminui a oscilação do CoP ml pós-treinamento com melhora do desempenho em dupla-tarefa, associado a melhora na atenção. No último estudo, o objetivo foi criar um índice do controle postural e estabelecer um modelo de classificação para estratégia de controle postural de idosas de acordo com diferentes faixas etárias por inteligência computacional. A amostra foi composta de 78 idosas saudáveis, divididas em grupo 60-74 anos e acima de 75 anos, classificadas como grupo Idosas (I) e idosas mais velhas (IMV), respectivamente. A avaliação do equilíbrio foi realizada em posição estática com OA e OF por meio do WBB com obtenção dos valores de CoP ap e CoP ml.A classificação qualitativa do controle do equilíbrio postural foi elaborada por uma Árvore de Decisão de acordo com os grupos. Foram observados pela Arvore de Decisão as direções do CoP possivelmente decisivas para as predições de estratégias de controle do equilíbrio postural de acordo com a faixa etária: 95% de precisão e 83% de acurácia do modelo. Os MI apresentam maior oscilação do CoP ap como estratégia de correção da postura, quando comparadas a JI. Em conclusão, o primeiro estudo mostra que a carga cognitiva durante a dupla tarefa prejudica mais o controle postural na direção mediolateral, além de mostrar o uso da WBB para avaliar a interferência cognitiva no controle postural. O segundo estudo mostra que Programas de exercícios físicos para idosos podem contribuir para melhorar simultaneamente o desempenho motor-cognitivo, associado à melhora da atenção dividida. O terceiro estudo mostra que os idosos alteram sua oscilação postural predominantemente de CoP ml para CoP ap desde os estágios iniciais e posteriores do envelhecimento. O método de classificação descrito pode detectar alterações posturais e considerar o impacto do envelhecimento no equilíbrio em pé em idosos. Dessa forma, os estudos apresentam mudanças nas estratégias de controle do equilíbrio de idosas saudáveis de acordo com a complexidade da tarefa, após a realização de programa de exercício físico e de acordo com a faixa etária.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/715
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