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Título: Avaliação do controle da transmissão e reinfecção por Schistosoma mansoni em área endêmica após intensa prospecção de casos de infecção e tratamento quimioterápico
Autor(es): Carneiro, Nídia Francisca de Figueiredo
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Coelho, Paulo Marcos Zech
Katz, Naftale
Botelho, Ana Cristina de Carvalho
Palavras-chave: Esquistossomose - Schistosoma mansoni;Esquistossomose – Montes Claros (MG);Biomphalaria;Incidência;Prevalência;Controle da transmissão;Comportamento
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2017
Resumo: No povoado de Pedra Preta, município de Montes Claros, Minas Gerais, no período de 20132016, foi realizada uma busca de casos de esquistossomose, entre os 203 moradores da área, os quais já haviam participado de uma exaustiva prospecção de casos por conjugação de métodos parasitológicos em 2008 (n=175). Em 2013, foram consolidados dois estudos a partir das ações realizadas. No estudo 1 objetivou-se avaliar, após sete anos, o impacto das ações realizadas em 2008, a incidência de casos, a intensidade da infecção e malacofauna planorbídica dulcícola. Realizou-se uma associação de métodos de diagnóstico Kato-Katz (24 lâminas de 1 g de fezes) e dois procedimentos com a técnica Gradiente Salínico (1 g de fezes). Apresentaram resultados negativos os 66 infectados e tratados em 2008 e 12 crianças nascidas entre 2007-2012. Encontrou-se taxa de infecção negativa de 93,93% (66 para 4) e taxa de incidência de 2,29% (4/175), entre os indivíduos com resultado negativo em 2008. Estes quatro mostraram baixas quantidades de ovos por grama de fezes (1, 6, 7 e 19). Todos responderam questionários epidemiológicos sobre comportamento de risco por contato com águas naturais de risco. Todas as residências tinham fossas secas e abastecimento de água domiciliar provenientes de poço tubular. Forte seca na região, no período estudado, levou à perda completa de água do principal foco de transmissão (lago) em vários meses de todos os anos considerados. Os levantamentos malacológicos mostraram redução paulatina de exemplares de Biomphalaria glabrata e ao final do experimento, verificou-se uma nítida dominância de B. straminea e nenhum eliminando cercárias. Pode-se inferir que houve uma notável diminuição da força de transmissão da doença após uma intensa busca de casos de reinfecção dos tratados em 2008, nas condições ecoepidemiológicas do foco estudado e no período observado. No estudo 2, estudo seccional a partir de uma coorte (2013-2016), objetivou-se identificar a prevalência e os fatores de risco associados à infecção pelo S. mansoni. A prevalência de infecção pelo S. mansoni foi 3,9% (8/203), sendo que 78,8% da população fizeram contato com coleção hídrica natural de risco (CHNR). Estavam associados à infecção os seguintes comportamentos: buscar água no rio/lago (OR=11,846) e atravessar a barragem ou rio Buriti Seco (OR=8,366). A identificação do finger print da área estudada contribuiu para o controle da doença e poderá contribuir para o planejamento de ações preventivas quanto à infecção pelo S. mansoni.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/771
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