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Título: Pressão arterial elevada: Prevalência e determinantes sociodemográficos, comportamentais e clínicos em adultos
Autor(es): Freire, Rafael Silveira
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Membro(s) Banca: Silva, Rosângela Ramos Veloso
Palavras-chave: Estudos transversais;Adulto;Hipertensão;Prevalência;Fatores de risco;Metanálise.
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem importante problema de saúde no mundo, sendo responsáveis por elevado número de mortes. Dentre as DCNT destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), caracterizada por elevação sustentada da pressão arterial (PA) e considerada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Esta tese teve como objetivo investigar a prevalência de PA elevada e seus determinantes sociodemográficos, comportamentais e clínicos em adultos. Foram utilizados dados da pesquisa “Polimorfismo do gene do receptor da leptina (rs1137101), obesidade e sua associação com fatores de risco para doenças cardiovasculares em Montes Claros - MG”, realizada em 2013. Nesse sentido, três estudos foram conduzidos. Estudo 1: Objetivou estimar a prevalência de HAS na população de adultos brasileiros através de uma revisão sistemática com metanálise. Foram elegíveis estudos transversais de base populacional publicados em português, inglês ou espanhol no período de 2010 a 2017. As buscas foram realizadas nas bases de dados Pubmed, SciELO, Web of Science e Banco de Dissertações e Teses Brasileiras, por dois revisores independentes. Avaliou-se a qualidade metodológica dos estudos, estimou-se a prevalência de HAS da população total e estratificada por sexo e a razão de prevalência para avaliar a associação entre HAS e sexo. Foram identificados 837 estudos e 17 foram incluídos na revisão. Os artigos incluídos corresponderam a 106.606 indivíduos, sendo 52,8% do sexo feminino, contemplando todas as regiões brasileiras. Foi observada uma variabilidade entre os critérios de definição da HAS e nos métodos de aferição da PA. A prevalência estimada de HAS foi 31,0% (IC95% 27,0- 35,0), sendo no sexo masculino 35,0% (IC95% 30,0-40,0) e no feminino, 27,0% (IC95% 22,0-32,0). Observou-se associação negativa e significante entre HAS e sexo feminino (RP=0,76; IC95% 0,68-0,85). Estudo 2: Objetivou estimar a prevalência de PA elevada e identificar seus fatores associados em adultos residentes no município de Montes Claros - MG. A PA elevada foi definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg. Foram coletados dados referentes às características sociodemográficas, comportamentos relacionados à saúde, antropometria, comorbidades autorreferidas e controle médico da hipertensão arterial. A prevalência de PA elevada foi de 26,3% (IC95% 23,3%-29,4%). A análise múltipla, ajustada pela variável controle médico da hipertensão arterial, mostrou associação positiva e significante entre PA elevada e sexo masculino, avançar da idade, consumo de álcool, sobrepeso, obesidade e dislipidemia, e mostrou associação negativa e significante entre PA elevada e consumo de carne de frango com pele. Estudo 3: Objetivou investigar as inter-relações entre os fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos associados à elevação da pressão arterial em uma população de adultos brasileios. Previamente foi elaborado um modelo hipotético em que condição socioeconômica, consumo de frutas e vegetais, adiposidade e PA foram analisadas como variáveis latentes, enquanto que idade, glicemia, prática de atividade física, tabagismo, consumo de bebida alcoólica e controle médico da hipertensão arterial foram tratadas como variáveis observadas. Utilizou-se a análise fatorial confirmatória para construir os modelos de mensuração das variáveis latentes. Foi adotada a modelagem de equação estrutural (MEE) para ajustar o modelo final e estimar os efeitos das inter-relações entre variáveis analisadas. Verificou-se que a idade exerceu efeito direto positivo sobre a PA (β=0,37; p<0,001), adiposidade (β=0,43; p<0,001), glicemia (β=0,27; p<0,001) e tabagismo (β=0,31; p<0,001) e efeito direto negativo sobre atividade física (β=-0,17; p<0,001) e consumo de bebida alcóolica (β=-0,09; p=0,041). A adiposidade exerceu efeito direto positivo sobre PA (β=0,23; p<0,001) e glicemia (β=0,16; p<0,001) e o consumo de bebida alcoólica produziu efeito positivo (β= 0,09; p=0,005) sobre adiposidade. Observou-se efeito direto negativo do consumo de frutas e vegetais sobre a PA (β=-0,11; p<0,001) e efeito direto positivo da condição socioeconômica sobre o consumo de frutas e vegetais (β=0,45; p<0,001). O modelo estrutural foi ajustado pela variável controle médico da hipertensão arterial, que apresentou efeito direto negativo sobre a PA (β=-0,09; p=0,045).
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/831
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