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Título: Consumo, digestibilidade e comportamento ingestivo de vacas F1 Holândes/Zebu em lactação submetidas à restrição alimentar
Autor(es): Santana, Pedro Felipe
Orientador(ra): Rocha Júnior, Vicente Ribeiro
Membro(s) Banca: Ruas, José Reinaldo Mendes
Monção, Flávio Pinto
Almeida, Leidy Darmony de Almeida
Palavras-chave: Leite Produção;Nutrição animal;Vaca Alimentação e rações
Área: Ciencias Agrarias
Subárea: Zootecnia
Data do documento: 31-Out-2017
Resumo: Objetivou-se avaliar o consumo, digestibilidade de nutrientes, produção de leite e comportamento ingestivo de vacas F1 Holandês/Zebu, em diferentes períodos de lactação, submetidas à restrição alimentar. Foram utilizadas 60 vacas e o delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 3, com 5 níveis de oferta da dieta e 3 períodos de lactação. Os níveis de oferta da dieta foram definidos em porcentagem do peso corporal, sendo: dieta fornecida à vontade, permitindo 5% de sobras em relação à quantidade de matéria seca fornecida; dietas fornecidas em, 2,75%; 2,5%; 2,25% e 2% do peso corporal em matéria seca. Os valores médios dos dias de lactação em cada período experimental avaliado e respectivos desvios padrão foram: 1o período, 50,0 ± 12,80 dias; 2o período, 111,5 ± 11,75 dias; 3o período, 183,0 ±17,5 dias. O consumo de matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e nutrientes digestíveis totais em kg dia-1 e o consumo de nutrientes digestíveis totais em porcentagem do peso corporal foram influenciados (P<0,05) pela restrição alimentar com regressão linear decrescente em função da redução dos níveis de oferta de alimentos. Apenas o consumo de proteína bruta em kg dia-1 não apresentou efeito dos períodos de lactação. O consumo de matéria seca no terceiro período de lactação foi maior. Houve maior consumo de fibra em detergente neutro no primeiro período de lactação. O consumo de nutrientes digestíveis totais em kg dia-1 e em porcentagem do peso corporal foi menor no segundo período de lactação. A digestibilidade aparente total da matéria seca, do extrato etéreo e os nutrientes digestíveis totais apresentaram regressão quadrática em função da redução dos níveis de oferta. A digestibilidade aparente total da fibra em detergente neutro foi linear crescente com a redução no fornecimento da dieta. A restrição alimentar influenciou o peso final, a variação de peso e também na mudança de escore de condição corporal das vacas, mas não influenciou o escore de condição corporal final das mesmas. A produção de leite reduziu com a restrição alimentar, apresentando efeito linear decrescente. Os tempos despendidos com alimentação e ruminação diminuíram e com ócio aumentaram com a redução dos níveis de oferta da dieta. Quanto aos períodos de lactação, os tempos de alimentação e ruminação, no período inicial, foram maiores em relação aos demais períodos. A eficiência de alimentação da matéria seca e da fibra em detergente neutro (g hora-1) foi influenciada pela restrição alimentar, apresentando efeito linear crescente com a redução no fornecimento da dieta. Já a eficiência de ruminação da matéria seca e da fibra em detergente neutro apresentou efeito linear decrescente. Em relação aos períodos de lactação a eficiência de alimentação da matéria seca e fibra em detergente neutro e a eficiência de ruminação da matéria seca foram maiores no segundo e terceiro períodos. O fornecimento da dieta à vontade e a fase inicial de lactação (50±12,80 dias) proporcionam maior tempo de alimentação e ruminação. Em contrapartida, a restrição da oferta de alimentos implica em melhores eficiências de alimentação da matéria seca e da fibra em detergente neutro em gramas hora-1 . A restrição alimentar reduziu o consumo de matéria seca e dos nutrientes e consequentemente também reduziu a produção de leite. Entretanto, proporcionou melhoria na digestibilidade e eficiência alimentar, podendo ser alternativa para diminuição de custo com alimentação de vacas F1 Holandês/Zebu.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/994
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