Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1301
Título: Acessibilidade das pessoas com deficiência física no espaço público: os estigmas da deficiência e a busca pelo reconhecimento social
Autor(es): Vieira, Luciana de Carvalho
Orientador(ra): Cardoso, Antônio Dimas
Membro(s) Banca: Barbosa Filho, Custódio Jovêncio
SILVA, L. L.
Palavras-chave: Deficiência física;Estigma;Acessibilidade;Espaço público;Sociabilidade;Reconhecimento social;Alteridade
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: 2018
Resumo: Este estudo se propõe a analisar as formas de apropriação do espaço público pelas pessoas com deficiência física. A apropriação do espaço público pressupõe a imbricação de dois elementos: a acessibilidade e a sociabilidade. Entretanto, alguns obstáculos impedem a fruição de tais elementos pelas pessoas com deficiência física. O objetivo geral da presente pesquisa é identificar de que forma as pessoas com deficiência física vivem e percebem a relação entre deficiência, estigma, espaço público e sociabilidade. As metodologias utilizadas foram a revisão bibliográfica acompanhada de pesquisas empíricas realizadas através de entrevistas e observação de campo. Constatou-se que, de modo geral, os espaços públicos são inacessíveis para as pessoas com deficiências físicas. A falta de acessibilidade varia entre a ausência de adequações na estrutura urbana e a presença de adaptações ineficazes, como rampas estreitas ou inseguras, impedindo as pessoas com deficiência de se apropriarem do espaço público com liberdade, segurança e autonomia e de interagir socialmente. Essa falta de convívio com pessoas com deficiência ou a experiência de percebê-las sempre associada à necessidade de outrem para executar atos simples do cotidiano não é compreendida enquanto um problema social do qual todos – Estado e sociedade – deveriam se responsabilizar e solucionar e sim como uma mazela pessoal que se restringe ao corpo do indivíduo, alimentando a estigmatização social em torno da deficiência física. Assim, as pessoas com deficiência não se sentem reconhecidas socialmente, uma vez que não são aceitas pela sociedade em condições de normalidade e, ao mesmo tempo, não se percebem como sujeitos de direitos na medida em que o espaço público não foi projetado ou adaptado para atender suas especificidades e para que exerçam seus direitos. No entanto, embora reconheçam as dificuldades impostas, as pessoas com deficiência têm se organizado social e politicamente desde a década de 1980, que contempla dois marcos na luta do Movimento Político das Pessoas com Deficiência: o Ano Internacional das Pessoas com Deficiência e a promulgação da nova Constituição de 1988.Uma das estratégias mais eficazes, percebida tanto na revisão de literatura como na pesquisa empírica, é a criação e operacionalização das associações representativas. As associações representativas facilitam mobilizações de esforços para a superação dos estigmas, para o reconhecimento social do grupo representado e para a concretização de direitos formalizados no direito vigente.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1301
Aparece nas coleções:Teses e Dissertações

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Vieira, Luciana de Carvalho_Acessibilidade das pessoas com_2018.pdf1,05 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.