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Título: Bancos comunitários e a economia solidária: estratégias de desenvolvimento de baixo para cima em Montes Claros - MG
Autor(es): Araújo, Yara Mendes Cordeiro
Orientador(ra): Rodrigues, Luciene
Balsa, Casimiro Marques
Membro(s) Banca: Cardoso, Antônio Dimas
Barbosa, Rômulo Soares
Palavras-chave: Economia plural;Economia solidária;Bancos Comunitários;Finanças Solidárias – Desenvolvimento – Montes Claros (MG)
Área: Ciencias Exatas e da Terra
Subárea: Ciência Política
Data do documento: 6-Mai-2009
Resumo: Este estudo analisa uma experiência de Economia Solidária no campo das finanças solidárias ou finanças de proximidade - Os Bancos Comunitários de Montes Claros-MG fundamentados nos princípios da autogestão, da cooperação e da solidariedade. O propósito de um Banco Comunitário é promover o desenvolvimento social por meio dos recursos de crédito e poupança, instrumentos importantes no fomento de pequenas atividades econômicas e manutenção dos laços de confiança e reciprocidade. O estudo busca compreender como a Economia Solidária se materializa em um Banco Comunitário e como os partícipes mobilizam-se e são mobilizados a organizarem-se a fim de obterem recursos para satisfação de suas necessidades. A matriz teórica do trabalho está assentada na vertente da Economia Plural proposta pelos autores Marcel Mauss, cuja explicação da ação econômica baseia-se na perspectiva da Dádiva ou do Dom; Karl Polanyi que sublinha o valor heurístico de um retorno reflexivo a uma economia substantiva ou embedded no social e Jean Louis Laville, que propõe um olhar para a Economia Solidária por meio das lógicas mercantil, não mercantil e não monetária. O estudo identificou que, a Economia Solidária que se materializa na dinâmica de Bancos Comunitários, parece mais um híbrido de combinação de diferentes princípios econômicos em interação. Isso significa que para além de uma questão utilitária, nos interstícios dos grupos estudados, há o espírito de solidariedade e de reciprocidade que não se traduzem apenas em maximização do interesse individual, mas também no reforço dos vínculos relacionais e de pertencimento. Tais atividades econômicas e sociais sui generis localizam-se tanto no meio rural quanto nas periferias das cidades e são ligadas ou recebem apoio externo de Organizações Não-Governamentais. As práticas analisadas são experiências coletivas que emergem como reação das populações desfavorecidas às condições impostas pelos sistemas econômicos dominantes. A partir desse quadro de análise, foi possível decifrar que nas experiências dos Bancos Comunitários, a solidariedade emerge não somente de modo natural ou espontâneo, ela nasce da exclusão do mercado de trabalho e financeiro, ou de insuficiências do Estado, o que configura como clamor por uma outra sociedade possível, mais justa e igualitária.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1041
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