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Título: Vapores e locomotivas: os instrumentos de civilidade e desenvolvimento da população ribeirinha do São Francisco no período imperial 1879-1889
Autor(es): Damázio, Crhistophe Barros dos Santos
Orientador(ra): Caleiro, Regina Célia Lima
Membro(s) Banca: Caleiro, Regina Célia Lima
Palavras-chave: Progresso - Modernidade - Civilização;Transportes ferroviário e fluvial - Civilidade;População - Vale do São Francisco - Minas Gerais;Expedições ao Vale do São Francisco - Minas Gerais
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: 2010
Resumo: O período do Segundo Reinado (1840-1889) foi de consolidação da independência e da unidade territorial do Brasil. Extintas as revoltas provinciais que agitaram o país nos conturbados anos da Regência (1831-1840), o Estado Imperial se dedicou à elaboração de um projeto de nação que objetivava colocar o Brasil no seleto grupo de nações civilizadas. Baseando-se nos preceitos do Cientificismo, correntes no século XIX, que via na difusão dos progressos científicos e tecnológicos a saída para se retirar do atraso, as localidades mais distantes dos centros civilizados, a elite intelectual e burocrática do Império idealizou uma rede combinada de transportes ferroviário e hidroviário que poderia integrar a região do vale do rio São Francisco aos principais centros urbanos do litoral brasileiro no período: Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Com vistas a esse objetivo, o governo central criou uma comissão científica formada por engenheiros estrangeiros e um brasileiro que iria percorrer toda a extensão navegável do rio São Francisco para verificar quais obras seriam necessárias para melhorar as condições de navegabilidade do mesmo e analisar as demais potencialidades econômicas da região. Ao término desse trabalho, os membros da Comissão Hidráulica entregaram relatórios onde deixavam impressas, para além de suas impressões técnicas acerca do rio e de suas condições de navegabilidade, detalhadas descrições acerca das atividades econômicas praticadas pelas populações ribeirinhas, seu hábitos, costumes e as dificuldades que o governo imperial enfrentaria em seu intento de levar a civilização àquela região marcada pela pobreza e atraso. Esta dissertação se propõe a analisar, por meio do estudo dos relatórios deixados pelos membros da Comissão Hidráulica, como o governo imperial agiu de maneira efetiva para concretizar o ideal de retirar o vale do São Francisco do isolamento em que vivia e, concomitantemente, integrá-lo à dinâmica da economia agrário-exportadora do período. Concluímos que, apesar das obras recomendadas pelos estudos da Comissão Hidráulica terem sido iniciadas ainda no período imperial, a concretização das mesmas só viria a ocorrer nas primeiras décadas do período republicano.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1076
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