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Título: Unidades de conservação e soberania alimentar: análise da comunidade vazanteira Ilha de Pau de Légua, no entorno do Parque Estadual da Mata Seca, Norte de Minas Gerais
Autor(es): Camenietzki, Carolina Poswar de Araújo
Orientador(ra): Barbosa, Rômulo Soares
Membro(s) Banca: Thé, Ana Paula Glinfskoi
Galizoni, Flávia Maria
Palavras-chave: Conservação da Natureza – Minas Gerais;Unidades de Conservação;Comunidade – Usos e costumes – Matias Cardoso (MG)
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: Mar-2011
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar de que maneira a instituição do Parque Estadual da Mata Seca, influencia as estratégias agroalimentares dos povos locais e a garantia da soberania alimentar destes. Teve como foco as dinâmicas territoriais da comunidade tradicional vazanteira da Ilha de Pau de Légua, Matias Cardoso. No Norte de Minas Gerais, um novo desenho territorial tem se formado em função da criação de unidades de conservação. Estas áreas protegidas têm sido criadas devido às compensações ambientais dos processos ecodestrutivos dos empreendimentos agropecuários instalados. Ocorre que, devido às especificidades das comunidades tradicionais da região, a lógica de apropriação dos recursos naturais na perspectiva conservacionista, tem entrado em conflito com as práticas realizadas pelas comunidades do lugar. Dentre os fatores impactados pela diferenciação destas racionalidades, optamos por analisar quais as influências esta realidade pode ter para a soberania alimentar do grupo estudado. Os procedimentos metodológicos do estudo possuíram quatro dimensões articuladas entre si: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, observação direta e entrevistas semi-estruturadas. Realizadas tais etapas, aliando as discussões teóricas à pesquisa de campo, observamos que as restrições de uso e acesso aos recursos naturais na área do Parque Estadual da Mata Seca têm limitado a efetivação das estratégias agroalimentares tradicionais dos vazanteiros da Ilha de Pau de Légua, o que tem impedido a garantia da soberania alimentar do grupo, submetendo-os a outras lógicas de obtenção dos alimentos, que se diferenciam do modo tradicional vazanteiro.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1124
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